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Comportamento

Da década de 70, turma do futebol se reencontra na Vila Carvalho

Para homenagear se Martinica, mentor dos meninos da Vila Carvalho na década de 70, turma se reuniu neste final de semana

Lucas Mamédio | 13/12/2020 07:21
Parte da turma do Campo do Velho (Foto: Lucas Mamédio)
Parte da turma do Campo do Velho (Foto: Lucas Mamédio)

Jogar bola e passar a tarde tomando tereré na tapeçaria do seu Eugênio Martinez, conhecido como “Martinica”, era uma tradição da molecada da Vila Carvalho na década de 70.

Após mais de 30 anos, parte dessa turma se reencontrou neste final de semana justamente para homenagear Martinica. Uma praça, ao lado de onde ele tinha a tapeçaria e onde ficava campinho de futebol, chamado de “Campo do Velho”,  foi revitalizada e recebeu seu nome.

Léo escobar é cabelereiro hoje em dia (Foto: Lucas Mamédio)
Léo escobar é cabelereiro hoje em dia (Foto: Lucas Mamédio)

A solenidade de entrega serviu também para o reencontro de amigos que não se viam há 30 anos. O cabeleireiro Leonardo Escobar Rodrigues, de 61 anos, não voltava há muito tempo no lugar onde foi criado. Ele era um dos meninos que jogavam bola e passavam a tarde na tapeçaria do seu Martinica.

A gente vinha para cá todo dia, passávamos o dia jogando bola. O campinho foi feito por nós mesmo".

André Chita, hoje em dia preparador físico, que já trabalhou fora do país, diverte a roda relembrando as broncas que tomava. “Toca a bola pô!”, “É assim que domina!”, “Solta a bola”, era algumas das frases que escutava quando guri.

Seu Martinica era o mentor da garotada (Foto: Arquivo Pessoal)
Seu Martinica era o mentor da garotada (Foto: Arquivo Pessoal)

Martinica, aliás, sempre foi ligado ao futebol. Ex-atleta do Operário em seu tempo áureo, ele ainda jogou no Cruzeiro e Continental Mamoré. Seu filho, Renê Martinez, hoje com 57 anos, e que também jogou no Operário, bem como do Campo do Velho, lembra da relação entre seus amigos e seu pai.

“Meu pai deu a primeira oportunidade de trabalho para muitos do amigos dentro da tapeçaria. Nos finais de tarde ele também sempre dava pão com leite para o pessoal e aproveitava para aconselhar todo mundo”.

Nilo Ojeda, de 65 anos, mora na Vila Carvalho até hoje. “Nossa turma ficou aqui até quando a gente tinha mais ou menos um 20 anos, depois foi cada um para o seu canto”.

Tanto a tapeçaria, quando o lugar onde ficava o campinho já não existem mais. São espaços que habitam a apenas a memória do “Campo do Velho”. “Passei os melhores anos da minha vida aqui, era uma época boa, que a gente não tinha tanta preocupação. Muito feliz de ter voltado”, conclui Leonardo Escobar.

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Renê Martinez, filho de seu Martinica (Foto: Lucas Mamédio)
Renê Martinez, filho de seu Martinica (Foto: Lucas Mamédio)
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