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Comportamento

Em chácara, família descobriu rotina sem stress com cultivo de shimeji

Na região da chácara dos poderes, casal cultiva cogumelos que rendem por safra 500 quilos

Jéssica Fernandes | 01/05/2023 07:40
Mila Markus West Rodrigues segura shimejis brancos. (Foto: Reprodução/ Instagram)
Mila Markus West Rodrigues segura shimejis brancos. (Foto: Reprodução/ Instagram)

A busca por uma rotina menos estressante e o interesse em aproveitar o quintal da chácara para cultivar fez o casal Mila Markus West Rodrigues, de 39 anos, e Bruno Avalos Lobo de Rezende, de 41 anos, mudarem de vida.

Proprietários de uma empresa de confecção desde 2010, eles trocaram a produção de uniformes em geral e em 2020 começaram a Cogumelos do Oeste. Há 3 anos, o negócio familiar produz shimejis brancos na região da Chácara dos Poderes.

Antes de 2020, Mila relata que o interesse pela agricultura já existia e que o mesmo cresceu após o nascimento da filha em 2016. “A vontade ficou muito mais forte, pois queríamos uma rotina menos estressante e mais tempo para ficar com ela. Começamos a pesquisar opções de negócios rurais e foi através de um anúncio em uma rede social que fiquei conhecendo o cultivo de cogumelos”, explica.

Cultivo dos cogumelos começou em 2020 na região da Chácara dos Poderes. (Foto: Reprodução/ Instagram)
Cultivo dos cogumelos começou em 2020 na região da Chácara dos Poderes. (Foto: Reprodução/ Instagram)

A enquete do Campo Grande News de domingo (30) perguntou aos leitores se eles concordam que negócios em família dão certo. A maioria, 60% optou pelo não, enquanto 40% concordaram que a parceria funciona. Mila e Bruno são exemplo de que administrar uma empresa em família pode funcionar sim.

Em 2019, o casal viajou para o Rio Grande do Sul com o objetivo de aprender a cultivar. Ao retornar de Porto Alegre veio a descoberta que desanimou quem ainda estava dando os primeiros passos no negócio.

“Logo após retornarmos, fiquei sabendo por acaso que um pessoal já havia começado um cultivo igual, justamente em uma chácara em frente à minha casa. O que me desanimou um pouco, confesso. Nem havia começado no ramo e já tínhamos concorrentes tão próximos”, conta.

Produção de shimejis é levada para feiras de Campo Grande. (Foto: Reprodução/ Instagram)
Produção de shimejis é levada para feiras de Campo Grande. (Foto: Reprodução/ Instagram)

O que poderia ter sido um problema para o projeto familiar não foi , pois alguns meses depois os vizinhos entraram em contato com Mila e Bruno e fizeram proposta.

“Fomos procurados por este pessoal, que nos ofereceu para comprar o cultivo deles, que já estava montado e em funcionamento. Foi assim que em 2020 vendemos a Personal Confecções e compramos a Cogumelos do Oeste”, fala.

Ambos deram continuidade ao cultivo dos shimejis que são mantidos em duas salas climatizadas com temperatura e umidade controladas. Das salas saem, por safra, 500 quilos de shimeji que são vendidos para restaurantes, em feiras de Campo Grande e outros pontos de Mato Grosso do Sul.

Antes de chegarem ao número expressivo, o casal precisou aprender e muito sobre o assunto. A ala que os antigos produtores ajudaram nesse período. “Nós nunca havíamos trabalhado com nenhum tipo de atividade rural, nem mesmo horta caseira, então tivemos que aprender do zero com a ajuda dos ex-donos da empresa”, explica.

Apesar do trabalho que os shimejis dão, Mila garante que o cultivo é sim algo prazeroso. “Trabalhar cultivando alimentos saudáveis é um enorme prazer, apesar de ser um trabalho pesado e braçal na maioria dos dias, é sim muito menos estressante para nós”, afirma.

Outra satisfação, segundo a fungicultora, é estar próxima à natureza e oferecer um produto natural para as pessoas. “Acredito que por causa da própria natureza do trabalho, de podermos comer o que produzimos, oferecer alimento saudável e de fácil acesso para a população local, além do contato direto com a natureza e todo o conhecimento sobre ela que vamos adquirindo pelo caminho", destaca.

Quem quiser conhecer o negócio, o perfil no Instagram é @cogumelosoeste

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