Levadas pelos pais, Paula e Kamila casam entre girassóis e cultura árabe
Amor que nasceu na fila do supermercado, teve festa com só 35 convidados e surpresas que emocionaram as noivas
Um amor despretensioso define o início da relação entre a professora Paula Barreto Flud, de 45 anos, e a economista Kamila Rachid Flud, de 34. As duas se conheceram na fila do supermercado, trocaram telefone e em pouquíssimas semanas, esse primeiro olhar virou namoro. Juntas há um ano, no último fim de semana, elas selaram a união com um casamento intimista, cheio de charme e cores, na presença de apenas 35 convidados, garantindo uma festa muito mais animada.
O casamento, inclusive, foi adiado várias vezes por conta da pandemia. “A princípio, nós casaríamos na praia, só as duas, depois decidimos casar em São Paulo, depois em Florianópolis (SC) e, finalmente, decidimos por Campo Grande, para que a família da Kamila conhecesse a cidade”, conta Paula.
A festa foi em um espaço de eventos no Bairro Tijuca. “Foi um casamento pequeno, apenas para os grandes amores das nossas vidas – família e poucos e maravilhosos amigos”, destaca Kamila.
E o que era para ser algo simples, se tornou um casamento mágico, definem as noivas, que contaram com muita ajuda da Patrícia, irmã da Paula, que cuidou dos detalhes com todo carinho.
Quem fez a cerimônia foi o Átila, melhor amigo de Kamila, que é pastor evangélico de uma igreja progressista de São Paulo, a qual ela faz parte. A família toda estava presente, pais, primas, sobrinhas e amigos.
No entanto, o momento mais emocionante para noivas, foi a hora da entrada. “Kamila com a mãe e eu com o meu pai. Não esperávamos tanto acolhimento e amor nesse momento. Com isso, nossos votos foram pura emoção”, descreve Paula.
A entrada também teve as duas noivas de branco, cada uma com modelo preferido de roupa, girassóis como buquê. “Girassol é nosso símbolo desde que nos conhecemos. Eu tinha um jardim de girassol e a gente vive plantando girassol. Temos também tatuagem de girassóis”.
O cunhado da Paula é dono de restaurante libanês tradicional na cidade e Kamila é descendente de libaneses, por isso, uma apresentação surpresa de danças árabes marcou a festa. O buffet também teve comida árabe como carinho para acolher a família da Kamila, que veio para a cerimônia.
E a cerimônia intimista foi, sem dúvidas, o melhor casamento que poderiam ter, acreditam as esposas. “Com certeza, foi um lado bom que tiramos da pandemia. Conseguimos nos divertir muito e conversar com todos que estavam presentes. Não precisamos ter aquela preocupação chata de ter que dar pouca atenção a muita gente. Foram apenas 35 convidados, possibilitando a interação entre todos”.
Num país onde a diversidade sofre todos os dias, selar a união entre duas mulheres com famílias tradicionais e nada tradicionais ao mesmo tempo, só provou que nada muda, quando o afeto e o amor falam mais alto. “Nada nos difere e nada nos impede de viver um amor tão lindo e puro desse. A gente queria que todos pudessem ver que nossa família existe sim, que nos amamos e nos respeitamos numa intensidade gigante. Esperamos que num futuro próximo, nosso amor não seja visto como algo diferente e sim, como um amor lindo no meio de tantos que virão”, concluem Paula e Kamila.
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