Mães formam confraria e comemoram aniversário de 19 bebês na mesma festa
A primeira maternidade chegou ao mesmo tempo e a turma de 18 grávidas acabou se encontrando na hidroginástica. Das aulas, surgiu um grupo no WhatsApp, para trocar informações, e assim a relação ganhou força e elas criaram a Confraria Ame (Mães, Amigas e Esposas).
A amizade cresceu tanto que as mães decidiram comemorar o aniversário de um ano dos filhos juntas. Com uma delas teve gêmeos, as 19 crianças festejaram o primeiro ano em um salão na Chácara Cachoeira, todo decorado com ursinhos e ursinhas, vestidos de príncipes e princesas. Um lado azul para os meninos e outro rosa para as meninas.
As mães cuidaram de cada detalhe da festa, planejada desde fevereiro. Com um ar bem intimista e 130 convidados no total, elas encontraram um jeito de comemorar o que passaram juntas, mas também economizaram bastante.
“Era difícil achar data e cada uma ter de fazer um festa e convidar todas as outras. Fazer a festa juntas foi o jeito que a gente arrumou de confraternizar”, comenta a fonoaudióloga de 32 anos, Taísa Nicolai.
Na festa, reinou o clima de amizade construído durante toda a gravidez. Depois do parto, na passagem de cada mês e etapa das crianças, a cumplicidade entre as mães só aumentou. “A gente estava passando pelo momento mais importante da nossa vida. Então, poder contar uma com a outra é muito bom. E viramos amigas de verdade”, define a dentista Manuela Tenuta, de 30 anos, mãe da Maria Helena.
Os filhos foram crescendo, assim como as dúvidas, e elas estavam juntas em todas as horas, inclusive, com ligações durante a madrugada, para enfrentar o desespero e o despreparo juntas.
Elas programam encontros regulares e se falam todos os dias. O desejo é para que continuem unidas e passem isso para os filhos. “As mães são amigas e os filhos acabam ficando amigos também. É muito bom poder ter a companhia de outra para dividir os momentos”, comenta Taísa, mãe do Pedro Henrique.
A ideia de transformar a amizade em confraria foi da policial Angélica Fontanaro, de 34 anos, mãe do Heitor. “Eu quis montar com o princípio de irmandade, a gente se uniu tanto uma a outra. E também fazemos ações sociais, orientando e doando fraldas ou roupinhas para mães carentes”, explica.
Uma das primeiras iniciativas da confraria foi promover um workshop de primeiros socorros para as mães, onde elas apreenderam, por exemplo, o que deve ser feito caso o bebê engasgue, além da posição certa e segura para a criança dormir, e como lidar com pequenos ferimentos em casa.