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Comportamento

Aos 63 anos, Alfonso fez do quintal o próprio oásis de flor do deserto

Colombiano começou coleção com 3 flores e agora tem 200, na frente de casa, no Jardim Centenário

Por Natália Olliver | 22/03/2025 08:10
Aos 63 anos, Alfonso fez do quintal o próprio oásis de flor do deserto
Colombiano tem 200 flores em casa no bairro Jardim Centenário (Foto: Natália Olliver)

O portão simples e o muro azul discreto na Rua Santa Quitéria guardam um tesouro para Alfonso Reyes, de 63 anos: um oásis particular repleto de flores do deserto. No bairro que o primeiro nome remete ao tema, Jardim Centenário, ele vive os dias cercado da coleção que junta desde 2020. O que começou com três flores agora são 200.

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Aos 63 anos, Alfonso Reyes transformou seu quintal em um oásis de flores do deserto em Campo Grande. O colombiano, que chegou ao Brasil há 20 anos, começou com três flores e hoje possui 200, vendendo algumas por R o vaso. Apesar de sua esposa Angela não acreditar no sucesso do projeto, Alfonso se sente realizado com seu hobby, que também é uma fonte de renda. Ele valoriza trabalhar em casa, evitando deslocamentos e aproveitando o calor que as plantas necessitam. Alfonso, que nunca mais voltou à Colômbia, recusa-se a deixar o Brasil, onde se sente acolhido.

O intuito do quintal florido é acima de tudo o hobby. Para ele, poder ter as plantas e vender quando aparece algum cliente interessado é a combinação perfeita. Mas, apesar de comercializar elas, algumas não saem de jeito algum do oásis pois são xodós dele.

Colombiano. Alfonso relembra que chegou ao Brasil há 20 anos e desde então nunca mais voltou. No país de origem, ele vivia da culinária, vendendo comida como espetinhos. Assim que chegou em solo brasileiro ele foi morar no Rio Grande do Sul, o motivo? Um relacionamento que já dura 40 anos com a esposa Angela. Com quem divide a vida agora em Campo Grande.

Ele comenta que ela não acreditava que o oásis vingaria e que se incomoda com tanta planta no quintal.

“Me sinto muito feliz, minha esposa não acreditava que iria dar certo. Eu cresci em uma fazenda, rodeado de mato, comecei a cultivar com 3 flores agora tenho 200. Eu falei pra minha esposa que algum dia iria vender, tem dia que vendo R$300,00 em uma só compra. Essa planta é viciante. Sou viciado nela. Se me falar que tem em tal lugar vou lá comprar”.

Aos 63 anos, Alfonso fez do quintal o próprio oásis de flor do deserto
Aos 63 anos, Alfonso fez do quintal o próprio oásis de flor do deserto
Alfonso Reyes coleciona flores do deserto em casa (Foto: Natália Olliver)

Para ele a vantagem de trabalhar em casa são inúmeras, entre elas o tempo gasto com deslocamento. Além das flores, os dois têm uma pequena conveniência ao lado.

“Minha esposa reclama um pouco por causa do espaço, mas é muito bom. Eu vejo pessoas pegando ônibus de manhã às 5h e voltam só 17h. A maioria são mulheres. Eu falo que isso é uma benção, ter o comércio em casa, poder descansar quando quero. Quando fecho tarde já estou em casa, não pago transporte. É muito melhor”.

Voltando às plantas, Alfonso explica que as há uma infinidade de flores do deserto e que a vantagem é justamente elas viverem bem no calor. Inclusive, ele acrescenta que elas precisam de no mínimo 6 horas de sol por dia e pouca água.

“Esta planta é originária das planícies africanas. Tem várias coisas e vários tamanhos. Tenho coleção que não vendo. Eu tiro as mudas só. Eu sempre gostei de planta. Ela é muito bonita, não só a flor, mas o tronco. Sempre trabalhei com comida na Colômbia. Com a idade o trabalho acaba ficando muito cansativo, então fui procurar algo mais tranquilo”.

As flores que Alfonso despega são vendidas a R$60 o vaso. Ele anda pelo jardim e mostra a diferença do tronco das plantas e que há uma com duas flores diferentes no mesmo caule. Essa ele não vende.

Aos 63 anos, Alfonso fez do quintal o próprio oásis de flor do deserto
Aos 63 anos, Alfonso fez do quintal o próprio oásis de flor do deserto
Colombiano chegou ao Brasil há 20 anos e não pretende voltar ao páis de origem (Foto: Natália Olliver)

A família até tentou tirar Alfonso do Centenário, inclusive propôs de morar em Curitiba, mas ele se recusa a deixar o bairro, a capital sul-mato-grossense e o país que o acolheu.

“Nunca mais voltei para Colômbia. Gosto daqui. Minha esposa e filha de 26 anos falam para gente morar no Paraná, mas aqui é quente e eu gosto desse calor. Sou acostumado porque na Colômbia era assim. Pra mim está perfeito”.

Aos 63 anos, Alfonso fez do quintal o próprio oásis de flor do deserto
Aos 63 anos, Alfonso fez do quintal o próprio oásis de flor do deserto
Flores são xodós de Alfonso Reyes, que vive repleto das plantas no quintal (Foto: Natália Olliver)

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