Motorista acha irmãos e encerra busca por pai com ajuda de reportagem
Casal precisava fazer mapeamento genético, mas Carlos nunca conheceu o pai
O 2024 do casal Carlos Eduardo e Aline Scorpione, de 43 e 37 anos, já tem muita história para contar. Motorista e professora decididos a engravidar e a conhecer o pai dele recorreram ao Campo Grande News para recomeçar uma busca.
Em janeiro, Aline tomou a iniciativa de pedir ajuda ao jornal para encontrar o sogro que ela e o próprio marido nunca conheceram. Se conseguissem, poderiam fazer o mapeamento genético completo exigido por uma clínica de fertilização e, assim, gestarem o primeiro filho.
Eles perderam as esperanças após anos tentando informações e, ainda mais, cientes das dificuldades que o caso tinha. O nome e sobrenome do pai não estão na certidão de nascimento de Carlos e o que a mãe informou era muito comum: Augusto Gomes.
Só o que sabiam era que Augusto provavelmente trabalhou em uma distribuidora de bebidas de Campo Grande (MS). O casal mora em Cianorte (PR) e chegou a procurá-lo de várias outras formas por Mato Grosso do Sul, mas até então sem sucesso.
As melhores férias - Aline e Carlos estavam de férias até o início desta semana pelas praias de Florianópolis (SC), quando a irmã mais nova dele mandou uma mensagem na terça-feira, 19 de março. Os corações dos dois dispararam com o contato.
"A princípio ficamos em choque, pois não tínhamos esperança pela pouca informação. Mas a foto da matéria foi fundamental. Foi através dela que a irmã reconheceu o pai e entrou em contato com a gente", conta a professora.
A até então desconhecida encontrou a matéria do Campo Grande News por acaso, num dia em que decidiu usar o Google para pesquisar sobre a família. Desde a publicação do jornal, se passaram 52 dias.
O motorista infelizmente não conseguirá conhecer o pai. Soube pela irmã que ele morou em São Gabriel do Oeste (MS) e faleceu há 15 anos. Porém, ganhou sete irmãos.
Por outro acaso, esses irmãos moram em Lages, cidade catarinense que fica a cerca de 200 quilômetros de Florianópolis. Eles mudaram a programação e marcaram um encontro na praia.
"Foi muita emoção na hora, foi uma sensação inexplicável. Preencheu o vazio que tinha a ausência do pai", define o filho.
"Ganhamos uma família enorme e acolhedora", comemora Aline. Ela agora tem sete cunhados vivos e mais um, que morreu na época da pandemia de covid-19. Só que é provável que a família seja ainda maior. "O mais velho disse que tem mais irmãos que eles não conhecem e não sabem onde moram", diz.
A história do casal agora segue marcada pelo encontro. Para os próximos dias, os planos são seguir com o mapeamento genético para deixa a família ainda maior.
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