Nem chuva impediu galera de curtir o 1º “sextou” sem toque de recolher
Pessoal ficou animado, mas alguns juram que preferem ir embora cedo
Após 1 ano e quatro meses com toque de recolher em Campo Grande, o Lado B visitou alguns bares para acompanhar o primeiro rolê da galera sem restrição de horário. A chuva, que atingiu a cidade ontem (27), não impediu os campo-grandenses de aproveitarem a noite.
A ideia de ficar na rua até mais tarde não fez tanta diferença para quem deixou de sair durante o período do toque de recolher no município. É o caso do publicitário Joaquim Padilha, 25 anos. “Eu ficava muito em casa e não estava vindo tanto nos rolês, então, pra mim foi algo mais ok. A única mudança mesmo é para o empreendedor, porque pro público, os cuidados são os mesmos”, afirma.
Já para o jornalista Fernando Henryque, 27 anos, a possibilidade de voltar para casa cedo ainda é mais atrativa do que ficar no rolê após a meia-noite. “Apesar de estar liberado, eu tô de boa de sair, porque ainda tenho um pouco de medo. Agora, o meu sonho é ir pra casa o mais cedo possível, ainda mais nesse tempo”, comenta.
E teve gente que gostou da liberdade de frequentar os bares e restaurantes sem precisar se preocupar com a hora. É o que relata Malu Azevedo, de 61 anos .“Com esse horário expandido, as pessoas têm a opção de saírem quando preferirem e os locais não ficam tão cheios. Eu vou aproveitar o máximo que puder, mas sempre respeitando as normas”, garante.
O tempinho chuvoso não desmotivou ela de sair, pelo contrário. “Eu acho até melhor, porque você fica mais à vontade, esse calor é horrível”, fala.
Para a lojista Iura Mahara, 26 anos, ficou mais seguro e agradável sair sem o toque de recolher. “Eu trabalho no shopping até as 22h, então, para mim ficou melhor para voltar para casa, pois antes eu ia sozinha. Em relação a sair, eu acho que ficou mais confortável também. Antes ficávamos muito regradinhos, então, acho que vai ficar melhor”, ressalta.
Conforme o arquiteto Gabriel Gomidi, 28 anos, a revogação da medida não vai mudar a rotina daqueles que estavam aglomerando. "Não vai fazer tanta diferença, o pessoal vai se aglomerar um pouco mais agora”, diz.
Antes da pandemia, o profissional costumava passar a madrugada curtindo com os amigos, porém, ele admitiu que não sabia se iria virar a sexta-feira no bar. “Planejo ir um pouco antes da meia-noite, mas posso ficar até lá”, conta.
Quem também estava na expectativa de ir embora cedo do rolê, era a enfermeira Thalyta Batista, 23 anos. “Eu não tinha costume de ficar até tarde, por isso, quando der meia-noite por aí, eu já tô indo”, relata.
A modelo Hanna Monteiro, 21 anos, brincou que o espírito de “tiazona” a impediria de ficar muito tempo na festa. “É realmente muito difícil eu sair de casa, então, quando dá meia noite já tô me despedindo da galera. Agora que eu tomei as duas doses também prefiro ficar mais de boa nos lugares”, explica.
Poder aproveitar com as amigas e tomar mais um litrão se a vontade bater, são as vantagens que a professora Júlia Mecchi de Araújo, 28 anos, enxerga com o fim do toque de recolher. “Era meio chato, porque antes a gente queria beber mais uma ou outra, mas não conseguia, porque o lugar fechava. A ideia não é ficar na muvuca agora, é mais aproveitar sem ter problemas”, ressalta.
A chuva pode ter feito alguns campo-grandenses desistirem de aproveitar a noite na cidade, no entanto, a professora comemorou a mudança no clima. “Tava precisando dessa chuva, a gente não vai ficar triste por estar chovendo, por isso miar o rolê, nada disso. Eu quero que a chuva venha, pode vir”, afirma animada.
Acompanhando a amiga, a professora Jéssica Lopes, 28 anos, também celebrou a chegada da chuva. “Eu tô feliz com essa chuva, porque não só Campo Grande, mas o Estado inteiro estava precisando por causa das queimadas”, conclui.
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