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Comportamento

No ano em que o ChatGPT 'viralizou', medo de I.A passou longe por aqui

Inteligência artificial está cada vez mais presente no cotidiano do brasileiro

Por Natália Olliver e Gabi Cenciarelli | 31/12/2024 07:03
Página inicial do Chat GPT, inteligência artificial lançada em 2022 (Foto: Marcos Maluf)
Página inicial do Chat GPT, inteligência artificial lançada em 2022 (Foto: Marcos Maluf)

Em 2024 a palavras 'inteligência artificial' cairam na boca do povo, mas será que as pessoas realmente entenderam para que as tecnologias servem? O Lado B foi até o coração da cidade, na Rua 14 de julho, conferir se, apesar da popularidade, os campo-grandenses gostaram das funcionalidades das ferramentas como ChatGPT, mais popular entre as I.As, ou se têm medo de serem substituídos no trabalho pelos softwares.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

Em Campo Grande, a percepção sobre inteligência artificial (IA) é variada. Enquanto alguns, como um motorista de 55 anos e um estudante de 17, veem as IAs, como o Chat GPT e o Gemini, como ferramentas úteis e benéficas, sem receio de substituição de empregos, uma estudante de 19 anos demonstra preocupação com o impacto negativo no mercado de trabalho, temendo a automação de funções e o desemprego.

Para o motorista João Batista, de 55 anos, o uso das inteligências artificiais já está na rotina através do celular. No caso dele, o recurso chamado Gemini veio junto do sistema Android. A ferramenta foi feita pela Google e lançada em 2023. Ela é a segunda mais popular, só perdendo para a primeira que se popularizou um ano antes, o famoso Chat, criado pela Open AI e lançado em novembro de 2022.

João acredita que o uso está cada vez mais presente na vida das pessoas, até mesmo quando elas não se dão conta disso.

“Hoje para tudo precisa. É uma coisa boa”. Questionado sobre o medo de que a IA substitua funções humanas e, consequentemente, empregos, o motorista afirma que não acha que na profissão o homem seja substituível.

João Batista usa IA pelo celular e não tem medo das tecnologias ocuparem o lugar do homem (Foto: Marcos Maluf)
João Batista usa IA pelo celular e não tem medo das tecnologias ocuparem o lugar do homem (Foto: Marcos Maluf)

Nem mesmo os carros autônomos, que se movem sem um condutor, assustaram João. Para ele, apesar da tecnologia já estar presente em outros países mais desenvolvidos, aqui não há receio de que o cenário seja igual.

“Não tenho medo, não na minha profissão. A mão de obra humana nunca vai ser substituída porque tem muito valor. O ser humano é incrível. Então a inteligência artificial não vai tirar o nosso lugar não. Tem coisas que ela não consegue fazer sozinha”.

Em outra faixa etária, o estudante Victor Medeiros Rosa, de 17 anos projeta um futuro onde as IAs estarão ainda mais presentes no cotidiano. Para ele as ferramentas são boas e não há motivo para pensar que elas tomarão o lugar do homem.

“Está crescendo muito o uso. Nesses últimos anos só cresce e vai crescer muito mais. Eu uso o Chat GPT na escola e lá é o que mais tem. Dá pra pesquisar sobre vários temas e assuntos. Uso para estudar. Eu não tenho medo e vejo isso como um benefício para nós. Você vai lá e pergunta o que quer e ele responde, então é fácil e prático. Para mim é bom”.

Estudante usa Chat GPT para estudar e acredita que o recurso ajuda (Foto: Marcos Maluf)
Estudante usa Chat GPT para estudar e acredita que o recurso ajuda (Foto: Marcos Maluf)

Na contramão da maioria, Fabíola Souza, de 19 anos, não é adepta dos recursos tecnológicos das inteligências artificiais e têm medo que elas tomem o lugar das pessoas. Apesar dos debates em sala de aula sobre o uso delas, a estudante se mantém distante da inteligência artificial.

“Falaram muito disso na escola o ano inteiro, mas não está na minha rotina. Tenho muito medo porque a gente não está percebendo que muitas empresas se baseiam na internet, atendentes de telemarketing, tudo se baseia na internet hoje em dia. Então a gente não ta vendo que, mesmo sendo jovem, pode tirar emprego. A gente não quer saber o que é".

Fabíola Souza acredita que as IAs podem substituir o homem nas profissões (Foto: Marcos Maluf)
Fabíola Souza acredita que as IAs podem substituir o homem nas profissões (Foto: Marcos Maluf)

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