Para proteger 8 gatos da rua, Jacques projetou casas em árvores
Gatos conquistaram o coração de Jacques, que desde a pandemia faz casas para dar aos amigos e parentes
Feitas com forro PVC e caixas de verdura, as casinhas para gato garantem proteção diante do frio e da chuva. A ‘arquitetura’ do projeto é simples, mas cumpre o objetivo de ser um espaço confortável e seguro para os bichanos que Jacques Dias da Luz, de 46 anos, adotou.
Ele e a esposa já gostavam de cachorros, mas a afeição pelos gatos surgiu após os primeiros aparecerem em frente à casa onde vive no Bairro Parque Residencial Maria Aparecida Pedrossian. Ele comenta como, sem querer, adotou os animais.
“Em frente de casa tem um Ceinf abandonado e surgiram duas gatas brancas. Foi uma cria atrás da outra e chegou um ponto que estavam 14 gatos”, diz.
Para os filhotes, Jacques conseguiu encontrar tutores e castrar os oito que ficaram. Como tem cachorros em casa, ele explica que tentou recolher os demais gatos, mas a convivência não deu certo. “Sempre gostamos de cachorro, temos quatro que pegamos adotados da rua e agora levo todo mundo pra praia. O único problema é que os cachorros não aceitam”, afirma.
A alternativa que encontrou para manter os felinos seguros foram as casinhas de PVC. Durante a pandemia, ele e a esposa buscaram na internet as primeiras referências, mas levou um tempo para acertarem na escolha do material de PVC
“Minha mulher queria fazer, vimos de pneu, mas era difícil de achar”, lembra. Eu fiquei muito em casa, fui ocupar a cabeça e resolvemos montar as casinhas, fomos aprimorando, pegando a prática e eles se adaptaram”, conta.
O plástico e a madeira, segundo ele, formam proteção resistente contra as intempéries do tempo. “Não entra nada de água. Eu vedo bem e na junta do PVC passo cola de cano e uno eles”, explica.
As casas agradaram amigos e familiares de Jacques que pediram para ter modelo igual. Nessa história, ele fez cerca de 15 casas e frequentemente volta a produzir para substituir as antigas pelas novas.
Na residência onde mora com a família, Jacques coloca, amarra e parafusa as casinhas nas árvores. Quem elogia a ideia não imagina o trabalho que o tutor tem. Apesar do esforço, ele garante que vale a pena ver os gatos bem.
“O bicho é afetivo, faz carinho, se apega à você. Eles sabem o horário de comer, atendem pelo nome, se escuta o carro vem correndo igual cachorro”, destaca.
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