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Comportamento

Páscoa é renascimento para mãe que sente dor da perda há 13 anos

Em 2011, Maria soube que seus dois filhos haviam morrido; com o tempo, dor se transformou em ação social

Por Aletheya Alves | 31/03/2024 07:13
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Além dos significados religiosos mais óbvios, a Páscoa se tornou mais um dia para que Maria Helena Esquivel se lembre de ‘renascer’ e tente deixar a dor que sente há 13 anos um pouco menor. Conhecida no Jardim Noroeste por realizar ações sociais, a mulher perdeu dois de seus cinco filhos em 2011 e todos os anos decide que a superação do sofrimento pode vir através do amor.

“A dor ainda continua aqui, acho que ela nunca vai desaparecer. Quando eu recebi a notícia da morte, eu dei um grito de desespero que os vizinhos ouviram e ficaram preocupados. Depois, desmaiei e acordei no posto”, relembra a mãe de Cláudio e Daiane, que faleceram aos 20 e 16 anos durante um acidente de moto.

Narrando o acidente, a mãe relata que os filhos faleceram próximo da BR-262, na saída para Três Lagoas. Na época, Cláudio havia ido buscar a irmã para passar o feriado com ele, já que o jovem morava com a avó.

“Foi minha outra filha que me ligou perguntando se eu tinha notícias e em seguida me contou o que tinha acontecido. Não me esqueço”, conta.

Em meados de 2015, o luto começou a ganhar novas formas de ser vivido pela mãe e, desde então, datas comemorativas também são tomadas de sentimentos diferentes. É nesse contexto que ela conta sobre como a Páscoa integra seu modo de continuar seguindo.

Ao se unir com apoiadores de seu projeto social, Maria percebe o quanto foi e continua sendo abraçada. Outra percepção é de que as lembranças tristes ao falar sobre Cláudio e Daiane podem ser encaixadas em momentos de esperança.

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Eu resolvi começar a fazer ação social e transformar minha dor em amor. Então, toda vez que é Páscoa, Natal e Dia das Crianças, por exemplo, eu sinto isso, sinto que é um renascimento mesmo, diz Maria Helena.

Mas, para que a luta continue, a mãe comenta que é necessário se cercar de muita força. “Não é fácil, mas a gente olha as crianças, as famílias vindo para as festas e a alegria toma conta”.

O foco nas ações continuam sendo sua estratégia de vida, tanto que quando uma festa acaba na Rua Atuba, a próxima já começa a ser pensada.

Assim como nos anos anteriores, Maria explica que continua aceitando e contando com o apoio dos vizinhos e comerciantes do bairro. Agora, o caminho continua com o planejamento.

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