Vela acesa ao pai que ficou 49 dias na UTI transformou vida de Bianca
Bianca largou a faculdade de medicina para ficar perto do pai, internado por covid-19, e de um momento difícil nasceu uma marca
A vela acesa para pedir que o pai passasse pela situação mais difícil da vida dele acabou sendo também o instrumento pelo qual Bianca Cristina Nunes de Lima está se sustentando. Seu pai, o empresário Cristiano Miguel de Lima, ficou internado 56 dias internado no Proncor de Campo Grande no mês de maio, vítima da covid-19.
Angustiada com a situação do pai, Bianca trancou sua faculdade no Paraguai para amparar a mãe ficar perto da família na Capital. Como meio de continuar ganhando dinheiro, a jovem criou junto do namorado a marca de velas aromáticas artesanais Arché.
“Eu sou uma pessoa muito ansiosa, já tive muitas crises de pânico, tomava remédio, mas parei. Decidi então buscar outros meios de paz e as velas foram um deles. Meu namorado acabou acatando a ideia também, acendíamos velas na hora de dormir, quando eu estava mal ele dizia “acende uma velinha, relaxa”, lembra Bianca.
A paz transmitida pelas velas foi o start para junto do namorado, Lucas Aguena Martos Costa, começar um novo negócio. “Quando meu pai saiu do hospital e conseguimos colocar a cabeça no lugar, eu e o Lucas decidimos começar algo juntos, preparar nosso futuro quando veio a ideia de que poderíamos passar essa paz que nos ajudou, para outras pessoas que poderiam estar passando por situações parecidas. Então a ideia de que poderíamos passar essa paz que nos ajudou, para outras pessoas que poderiam estar passando por situações parecidas”.
Mas, segundo Bianca, foi bem difícil acertar no início, porque uma coisa é gostar das velas outra é fazer disso um negócio. “Porque parecia muito fácil misturar tudo em uma panela e jogar no potinho. E ai começamos a pesquisar, ver vídeo aula, sites e mais sites. Meus pais ajudaram bastante nesse processo, minha mãe sempre ajudando, ensinando decorações, super empolgada. Nos ajudaram financeiramente também e agora graças a Deus já conseguimos nos virar totalmente sozinhos”.
Sobre o que viveu com o pai, Bianca disse que foi a pior experiência de sua vida. “Ver meu pai, um homem tão forte, trabalhador, internado e intubado foi desesperador. Aliás, nos primeiros 10 dias nem podíamos ver ele porque também estávamos contaminadas. Ficamos isoladas, sem poder ouvir a voz dele, ver ele. Eu tive que achar meios que me deixassem o mais estável possível, porque precisava dar apoio para minha mãe e minha irmã. Quando conversamos com ele a primeira vez depois de 50 dias sem poder tocar nele, sem ver ele abrir os olhos, foi incrível”.
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