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Comportamento

Vela acesa ao pai que ficou 49 dias na UTI transformou vida de Bianca

Bianca largou a faculdade de medicina para ficar perto do pai, internado por covid-19, e de um momento difícil nasceu uma marca

Lucas Mamédio | 09/12/2020 07:47
Bianca e o pai, Cristriano (Foto: Paulo Francis)
Bianca e o pai, Cristriano (Foto: Paulo Francis)

A vela acesa para pedir que o pai passasse pela situação mais difícil da vida dele acabou sendo também o instrumento pelo qual Bianca Cristina Nunes de Lima está se sustentando. Seu pai, o empresário Cristiano Miguel de Lima, ficou internado 56 dias internado no Proncor de Campo Grande no mês de maio, vítima da covid-19.

Angustiada com a situação do pai, Bianca trancou sua faculdade no Paraguai para amparar a mãe ficar perto da família na Capital. Como meio de continuar ganhando dinheiro, a jovem criou junto do namorado a marca de velas aromáticas artesanais Arché.

Produtos da Arché (Foto: Paulo Francis)
Produtos da Arché (Foto: Paulo Francis)
Vela aromática (Foto: Paulo Francis)
Vela aromática (Foto: Paulo Francis)

“Eu sou uma pessoa muito ansiosa, já tive muitas crises de pânico, tomava remédio, mas parei. Decidi então buscar outros meios de paz e as velas foram um deles. Meu namorado acabou acatando a ideia também, acendíamos velas na hora de dormir, quando eu estava mal ele dizia “acende uma velinha, relaxa”, lembra Bianca.

A paz transmitida pelas velas foi o start para junto do namorado, Lucas Aguena Martos Costa, começar um novo negócio. “Quando meu pai saiu do hospital e conseguimos colocar a cabeça no lugar, eu e o Lucas decidimos começar algo juntos, preparar nosso futuro quando veio a ideia de que poderíamos passar essa paz que nos ajudou, para outras pessoas que poderiam estar passando por situações parecidas. Então a ideia de que poderíamos passar essa paz que nos ajudou, para outras pessoas que poderiam estar passando por situações parecidas”.

Família de Bianca reunida (Foto: Paulo Francis)
Família de Bianca reunida (Foto: Paulo Francis)

Mas, segundo Bianca, foi bem difícil acertar no início, porque uma coisa é gostar das velas outra é fazer disso um negócio. “Porque parecia muito fácil misturar tudo em uma panela e jogar no potinho. E ai começamos a pesquisar, ver vídeo aula, sites e mais sites. Meus pais ajudaram bastante nesse processo, minha mãe sempre ajudando, ensinando decorações, super empolgada. Nos ajudaram financeiramente também e agora graças a Deus já conseguimos nos virar totalmente sozinhos”.

Sobre o que viveu com o pai, Bianca disse que foi a pior experiência de sua vida. “Ver meu pai, um homem tão forte, trabalhador, internado e intubado foi desesperador. Aliás, nos primeiros 10 dias nem podíamos ver ele porque também estávamos contaminadas. Ficamos isoladas, sem poder ouvir a voz dele, ver ele. Eu tive que achar meios que me deixassem o mais estável possível, porque precisava dar apoio para minha mãe e minha irmã. Quando conversamos com ele a primeira vez depois de 50 dias sem poder tocar nele, sem ver ele abrir os olhos, foi incrível”.

Visite a página da marca de velas de Bianca no seu perfil do Instagram.

Bianca e o namorado, Lucas (Foto: Paulo Francis)
Bianca e o namorado, Lucas (Foto: Paulo Francis)
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