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Ao ar livre, casamento aconteceu em mata com 21 convidados da família

Às 13h de um domingo, cerimônia começou embaixo das árvores em espaço que reúne a mata e o "chique" de chácara

Paula Maciulevicius Brasil | 01/05/2021 07:12
Cidiana escolheu se casar ao livre tendo natureza como "decoração" (Foto: William Matos)
Cidiana escolheu se casar ao livre tendo natureza como "decoração" (Foto: William Matos)

Foi em janeiro que a jornalista Cidiana Pellegrin Puchalski, de 34 anos, começou a pensar no casamento marcado para o mês de abril. A ideia inicial era a de casar no civil e reunir apenas os familiares mais próximos mesmo em um jantar. Em meio a pandemia, a noiva que nunca havia sonhado com uma festa grandiosa já sabia que o "sim" teria de ser com o mínimo de pessoas possível.

O noivo propôs que em vez de fazer cartório e jantar, eles concentrassem o casamento em um só local, de preferência ao ar livre. "Não era para ser uma festa, tudo nasceu de maneira muito simples e foi se transformando a partir do momento em que fui conversar com a cerimonialista", conta a noiva.

Cerimônia aconteceu às 13h de um domingo, sob árvores em chácara (Foto: Divulgação/Chácara Manancial das Águas)
Cerimônia aconteceu às 13h de um domingo, sob árvores em chácara (Foto: Divulgação/Chácara Manancial das Águas)

Quando Cidiana postou as fotos nas redes sociais, chamou a atenção do Lado B pela cerimônia que esbanjava natureza e tinha convidados que podiam ser contados nos dedos.

O "critério" estabelecido para a lista de convidados foi esse: somente os pais, irmãos e suas respectivas famílias. No total, eram 21 convidados, sendo 17 adultos e quatro crianças.

O local escolhido para a cerimônia foi a Chácara Manancial das Águas, que sob a direção da decoradora Natasha Sainz, tem um cantinho preparado para o altar embaixo de árvores, para pequenas e grandes celebrações.

"Quando fui visitar o espaço, a gente se apaixonou. Falamos de fazer a cerimônia e também o jantar na área externa, seria no fim de tarde, por volta das 17h30", explica a noiva.

Na semana do casamento, saiu o mapa do Prosseguir que estabelecia o horário do toque de recolher para 20h. Medida que fez com que os noivos antecipassem a cerimônia e começassem logo após o almoço, às 13h.

Levada pelo pai, noiva caminhou até o altar (Foto: William Matos)
Levada pelo pai, noiva caminhou até o altar (Foto: William Matos)

Na manhã do dia da festa, 17 de abril, o céu amanheceu nublado e o medo de que a festa não pudesse acontecer na área externa fez com que o plano B fosse ativado. A cerimônia seguiu embaixo das árvores, mas o jantar foi transferido para o salão fechado.

Às 13h, Cidiana veio acompanhada do pai, rodeou o salão e chegou até o altar num momento que ela descreve como mágico. "Não sou uma pessoa que idealizava festa grande, todos os protocolos e tudo mais, eu já tinha o desejo de fazer algo mais reduzido e simples, só não imaginava que fosse ficar tão lindo e tão mágico", comenta.

Cerimonialista do casamento, Karla Lyara foi quem pesquisou locais junto da noiva para baterem o martelo de fazer o ar livre, em meio à natureza. "Até pelo momento, é mais seguro ser assim. E a gente pode fazer um casamento com quase tudo que temos para uma festa sendo uma cerimônia intimista. Um mini-wedding é mais rico ainda em detalhes", descreve a profissional.

A noiva havia passado algumas imagens de referência para a decoradora, mas foi a natureza do espaço que se encarregou de tornar a cerimônia tão simbólica. "A natureza traz essa beleza, essa leveza, é benção de Deus, então ali ela trouxe tudo isso para o casamento e o cenário com aquele lustre ficou muito bonito", compartilha a noiva.

Seis bancos de madeira, um lustre e muitas árvores; assim foi o local de cerimônia do casamento (Foto: William Matos)
Seis bancos de madeira, um lustre e muitas árvores; assim foi o local de cerimônia do casamento (Foto: William Matos)

Decoração – Delicado, mas que tivesse "presença", o local da cerimônia foi pensado dentro do conceito "chique na mata". À frente do local desde janeiro, Natasha explica que um olhar de decorador fez com que outros ambientes da chácara pudessem ser explorados.

"Criamos aquele espaço porque nenhum outro lugar tem uma mata tão fechada, por isso a ideia do chique na mata com o lustre", resume.

Os votos de Cidiana para o noivo Marcelo (Foto: William Matos)
Os votos de Cidiana para o noivo Marcelo (Foto: William Matos)

Com uma referência minimalista de uma capelinha, o desenho do teto e a caidinha na lateral é feito com detalhes da decoração. Os bancos usados para os convidados de cada núcleo familiar sentar junto também foram pensados para dar integração da madeira com a natureza. "E o toque de flores foi para dar a pincelada final", explica Natasha. O conceito do chique fica por conta do lustre e a decoração minimalista tira o rústico de cena.

No ramo de casamentos há anos, Natasha explica o que as noivas têm sentido na pandemia o medo de que adiando ou cancelando casamentos, as pessoas mais importantes possam não estar presentes no futuro.

"Elas preferem não correr o risco de, infelizmente, alguém importante da família não estar mais aqui devido a doença".

Diante da pandemia e de todas as medidas de biossegurança que Natasha resolveu abrir este novo espaço na chácara. "Ela já tinha outros dois espaços de cerimônia fora o salão, mas queríamos um espaço menor e mais aconchegante com toda a exuberância e beleza que a mata tem", relata.

Debaixo de lustre, casal recebeu chuva de pétalas depois de serem declarados como "marido e mulher" (Foto: William Matos)
Debaixo de lustre, casal recebeu chuva de pétalas depois de serem declarados como "marido e mulher" (Foto: William Matos)

Para a noiva, a experiência de casar e celebrar com os familiares mais próximo foi incrível.

"Eu não imaginava que iria curtir tanto e me emocionar também. Eu faria tudo igual mesmo que não tivesse pandemia. Num evento mais intimista, todo mundo pode interagir entre os convidados e com os noivos, conversar, curtir, dançar", conclui.

Claro que muitos amigos e familiares queridos ficaram de fora, mas diante da situação de pandemia, nem era possível chamar mais pessoas. "E quem realmente gosta de você, vai entender, torcer e celebrar contigo mesmo assim", completa Cidiana.

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