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Consumo

Após muita oração para namorar, casal busca o "sim" em semáforo

Felipe e Karolaine se viram obrigados a venderem trufas no semáforo para poderem pagar a cerimônia de casamento

Lucas Mamédio | 24/08/2020 06:34
Os dois perderam o emprego no começo do ano, mas não a vontade de casar (Foto: Henrique Kawaminami)
Os dois perderam o emprego no começo do ano, mas não a vontade de casar (Foto: Henrique Kawaminami)

Ah o amor juvenil, esse sentimento tão impetuoso, voluntarioso, quase irresponsável, que faz casais jovens que se amam moverem montanhas para concretizarem o sonho de permanecerem juntos. Um exemplo desse sentimento shakespeariano pode ser encontrado na Avenida Cônsul Assaf Trad, em Campo Grande.

O casal Karolaine Alves Rodrigues, de 23 anos e Felipe Vieira do Nascimento, de 22 anos, decidiram vender trufas no semáforo juntos para conseguirem casar. O mais incrível: além do dinheiro já arrecadado nesses dois meses de empreitada, o casal já ganhou por conta da visibilidade do semáforo o cerimonial, a filmagem do casamento e o buquê de flores.

“Nos conhecemos na igreja há pouco mais de quatro anos. Há dois anos começamos a ficar amigos e depois de um processo de oração, parte da tradição da nossa igreja, começamos a namorar”, conta Karolaine.

Os dois estão há dois meses vendendo trufas (Foto: Henrique Kawminami)
Os dois estão há dois meses vendendo trufas (Foto: Henrique Kawminami)

A ideia das trufas veio porque o sonho do casamento estava ameaçado já que Felipe foi mais uma das vítimas da crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus.

“Sempre tivemos o propósito do casamento, mas sempre tivemos receio dessa questão financeira. Até que eu deixei meu emprego em janeiro e ele, logo em seguida, pela questão da pandemia foi demitido, mas a gente queria muito casar ainda esse ano. Então tivemos a ideia de a gente criar algo nosso pra gente ganhar dinheiro e ter uma renda. Tínhamos pensando bolo de pote e salgado congelado, mas não deu certo”.

Nasceu então a ideia da trufa, mas não só de vender, Felipe achou que teriam mais sucesso se fossem para o semáforo e expusessem o propósito daquelas vendas.

E daí meu tive a ideia do cartaz pra chamar a atenção e a gente vender no semáforo. E faz uns dois meses que a gente começou a vender e deu super certo. Muita gente dando força, dando dinheiro e nem pegando as trufas, outras pessoas levam”, celebra Felipe.

As trufas são produzidas à noite para serem vendidas durante o dia (Foto: Henrique Kawaminami)
As trufas são produzidas à noite para serem vendidas durante o dia (Foto: Henrique Kawaminami)

Como já dissemos, além de um montante significativo já arrecadado, os pombinhos ganharam até a parte do cerimonial de uma pessoa que viu os dois ali na avenida e quis ajudar. “Já é um gasto que não vamos ter, então deixa nosso sonho mais perto”.

O casal está vendendo em média 60 trufas por dia, a totalidade do que produzem. Ele ficam no ponto perto do cemitério cedo e à tarde. “Ficamos aqui dia inteiro. A gente vem de bicicleta, faz as vendas de manhã, voltamos pra casa, almoçamos, depois à tarde voltamos pra cá até vender a última trufa”, diz Felipe.

A produção é feita à noite na casa de Karolaine. “Algumas pessoas já nos procuraram pra revender nossas trufas”.

Apesar de faltar ainda algum dinheiro a data para a cerimônia já está maraca: 10 de janeiro de 2021. “Acreditamos que nesses meses que estão por vir vamos conseguir o restante do dinheiro, que Deus vai abençoar. Não queremos grande festa não, queremos mesmo é casar”.

Para fazer pedidos é possível entrar em contato pelo WhatsApp (67) 9 9330-8734 ou pelo Instagram @sweetlove.cg.

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