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Consumo

Bicicletas elegantes, retrô e caras chegam à cidade com a febre das ciclovias

Elverson Cardozo | 14/03/2013 07:31
Modelo retrô. Bicicleta tem o desenho antigo, mas a tecnologia mudou. (Foto: Marcos Ermínio)
Modelo retrô. Bicicleta tem o desenho antigo, mas a tecnologia mudou. (Foto: Marcos Ermínio)

Com 86 quilômetros de vias destinadas aos ciclistas em Campo Grande, a procura por bicicletas, é lógico, aumentou nos últimos meses. A “moda” sobre duas rodas ainda está pegando por aqui, mas as bicicletarias já estão vivendo uma espécie de “revolução”. À venda, modelos caríssimos, de alta performance, que raramente chegavam à cidade.

Em 2009 o publicitário Thiago Urias Lopes, de 29 anos, deixou a Capital para continuar os estudos em Curitiba. Quando voltou, no final de 2012, percebeu que Campo Grande estava entrando na onda das bicicletas.

De olho no mercado, resolveu investir no setor. Abriu, há dois meses, uma “Bike Shop”. O destaque da loja, que ele classifica como uma "bicicletaria moderna", são os modelos. A empresa trabalha com bicicletas retrô, que custam de R$ 2 mil a R$ 3 mil. A marca, dos Estados Unidos, tem conquistado quem adora um "estilo".

Apesar do desenho antigo, as “magrelas” tem a mesma tecnologia dos modelos modernos, que figuram em competições.

O charme fica no quadro mais largo, nas manoplas em couro, nos pneus com faixas brancas e no sistema de freios que utiliza o contrapedal. O peso, no entanto, ficou no passado. A estrutura, em alumínio, deixou tudo mais leve.

Manopla em couro. (Marcos Ermínio)
Manopla em couro. (Marcos Ermínio)

Até R$ 54 mil - Na loja da Rua da Paz, também estão à venda marcas de empresas que trabalham com modelos conhecidos, como a Caloi. Uma bicicleta de entrada desta fabricante custa, em média, R$ 600,00, enquanto a “top de linha”, construída com fibra de carbono, chega a R$ 8 mil. Mas aí, como disse o proprietário, “é outro nível de pedalada”.

Mesma tendência segue a Kona, marca americana que também chegou a Campo Grande. A bicicleta básica sai por R$ 2.199. Tem a estrutura em alumínio e possui freio a disco mecânico.

A mais cara, da mesma empresa, custa R$ 25 mil e só é vendida sob encomenda. O sistema reúne o que há de melhor no mercado. O quadro é diferenciado, ainda mais leve que o de alumínio. Tem até suspensão dianteira.

Bicicleta da marca Scott. Modelo custa  R$  54 mil. (Foto: Divulgação)
Bicicleta da marca Scott. Modelo custa R$ 54 mil. (Foto: Divulgação)

Já a Scott, da Suíça, possui um modelo que custa R$ 54 mil, preço de dois carros populares. Dentre os mecanismos que encarece o modelo está o câmbio eletrônico. “Tem chips. Você bate o dedo no trocador e ele faz o comando de troca de marcha na hora”, conta Thiago.

Evolução - Uma das pioneira no ramo das bicicletas em Campo Grande, a Ciclo Ribeiro, também teve de acompanhar o mercado. Além das montagens próprias, dos modelos populares, a loja passou a importar de uma marca canadense.

Na lista das mais procuradas está a “Aro 29”, que sai por R$ 3.100,00. Possui roda maior e serve para competição. Segundo o gerente comercial da empresa, Gleison Cleber Andrade Ribeiro, de 34 anos, a vantagem é vista nas trilhas.

“O alumínio mais leve se sobrepõe na trilha. No obstáculo é bem melhor. Em um buraco, como a roda é maior, ela passa com tranquilidade”, diz, exemplificando.

Mesmo com o aumento da procura por bicicletas mais sofisticadas, as básicas, que atendem àquele passeio de final de semana, não caíram da moda, diz.

A boa notícia é que agora elas saem com mais facilidade para as ruas. A cidade, ao que tudo indica, começa a mudar. “O cenário cresceu, mas ainda está caminhando”, pontua o gerente.

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