Brechó online para quem usa G e GG surgiu após fracasso de “grupo fitness"
A técnica em sistema Aline Abdo Barbosa, 25 anos, moradora de Campo Grande, bem que tentou emagrecer com a ajuda de amigas e desconhecidas que formavam um “grupo fitness” no Whatsapp. Durante três meses, elas trocaram experiências, dicas e até cardápios, mas ninguém conseguiu perder os quilos a mais.
A saída, então, foi reunir a mulherada em um brechó online, só para quem usa G e GG. “As meninas começaram a reclamar da dificuldade de encontrar roupas, aí pediram para fazer um grupo só para as grandinhas. […] Tem vários na internet, mas você só acha calça 36, 38, blusa P e M. É muito difícil tamanho maior”, comenta.
Em pouco tempo, Aline e as amigas descobriram que não estavam sozinhas. Muita gente enfrenta a mesma dificuldade. Prova disso é o número de membros cadastrados em apenas 6 meses: quase 5 mil.
A ideia conquistou mulheres não só de Campo Grande, mas de todo o país. “Já vi gente de Brasília trocando roupas. Elas mandam daqui e também vem de lá para cá. Não imaginava a repercussão”, diz.
No “Brechó Feminino G e GG” só entram peças da numeração 40 para cima. “É porque tem gente que usa 48, 50”, justifica.
As ofertas são variadas. Recentemente, ofereceram shorts tamanhos 52 totalmente novos e por R$ 50,00 cada. Outra mulher está tentando vender uma camisola sensual GG, que veste a mesma numeração. Para sair em vantagem frente à concorrência, ela valorizou o produto com a observação: “Vem com a calcinha fio”.
Tem sapatos também. Um par da Viamarte, número 36, está sendo anunciado de R$ 100,00 por R$ 95,00. A ideia, no início, era apenas trocar e vender roupas, mas com o tempo outros itens foram incorporados ao brechó.
Tem gente que tenta vender espetinho. Doação de cachorro é outra coisa que sempre aparece. A própria administradora passou a incentivar isso, usando o espaço para anunciar outros produtos e não apenas peças.
É que, desde que criou a página, Aline emagreceu 14 quilos, pulando do manequim 42/44 para o 38/40. “Aí eu posto outras coisas porque roupas [G e GG] já não é mais meu foco”, explica. Mas ela não tem a intenção de acabar com o brechó, que tem ajudado outras pessoas.