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Consumo

Campo Grande com internet de até 150 mega; será a solução para os problemas?

Elverson Cardozo | 15/05/2013 06:25
Conexão banda larga garante downloads mais rápidos. (Foto: João Garrigó)
Conexão banda larga garante downloads mais rápidos. (Foto: João Garrigó)

“Problemas técnicos” que deixam clientes sem sinal de internet tem sido uma dor de cabeça cada vez mais comum para quem vive em Campo Grande, Capital do Mato Grosso do Sul. Quem depende do computador para trabalhar sabe bem disso.

“Rompimentos de fibra óptica” e as constantes reclamações em torno das oscilações de velocidade e “garantia de banda”, por exemplo, é a prova de que o serviço das operadoras, pelo menos por aqui, não é dos melhores. Mas, a julgar pelas “promessas inovadoras”, que surgem em “parcelas”, ainda há esperança.

Na Capital há 13 anos, desde 2000, a GVT anunciou nesta terça-feira (14), em entrevista coletiva à imprensa, os novos serviços que chegaram à cidade: pacote de TV híbrida, com transmissão via satélite e por banda larga, e internet com cabeamento de fibra óptica, que permite velocidade até 150 mega. A máxima, até ontem, era de 10 mega, enquanto o mínima era de 1.

Em entrevista ao Lado B, concedida por telefone, o diretor de operações da região Centro-Oeste, José Eduardo Fernandes, de 50 anos, afirmou que a operadora agora oferece aos campo-grandenses todo o portfólio de serviço, que antes era restrito, por “limitações de infraestrutura”, a outras capitais brasileiras.

“A grande novidade é que podemos oferecer um produto novo, que é o pacote de TV híbrida, que tem a interatividade da banda larga e a facilidade da via satélite”, adiantou.

Em linhas gerais, o sistema permite a “rotatividade” de transmissão entre as duas tecnologias. Se o receptor, em dias de chuva, perder o sinal do satélite, por exemplo, o cliente vai continuar assistindo TV, mas pela internet, que será conectada de forma automática.

Outro destaque, dentre todos os outros serviços disponíveis, sãos as ultravelocidades, indicadas, nas palavras do diretor, para pequenas e médias empresas. “Agora temos internet de até 150 megas”, disse. Na Capital, a média de navegação dos clientes da GVT é de 2,7Mbps, inferior à média da empresa no país, que é de 12,3Mbps.

Aos clientes residenciais a proposta é oferecer a possibilidade de começar com a velocidade que, até ontem, era o “top” da GVT na cidade: a banda larga de 10 mega. Os “preços competitivos”, disse, devem ser um atrativo à migração.

Coletiva de imprensa da GVT, ontem, em Campo Grande. (Foto: Divulgação)
Coletiva de imprensa da GVT, ontem, em Campo Grande. (Foto: Divulgação)

Segundo o diretor, o cabeamento de fibra óptica, outra novidade da operada em Campo Grande, vai atingir 75% das regiões cobertas da cidade, mas a tecnologia só deve chegar aos clientes que contratarem a velocidade máxima, de 150 mega. Até 70, a transmissão continuará a ser feita da mesma maneira: com cabos metálicos.

A tecnologia, na avaliação de José Eduardo, não afeta a qualidade final do serviço oferecido. O “limite padrão”, explicou, é estabelecido pelo mercado de telecomunicações. “Não tem a ver inicialmente com custos, mas com a tecnologia disponível”.

Com relação aos “problemas técnicos”, que geram reclamações sobre a “garantia de banda”, por exemplo, Fernandes declarou que a GVT cumpre a velocidade estabelecida na hora da compra. “Nosso produto final fica com a velocidade contratada pelo cliente porque ele esta pagando pelo produto”, garantiu, ao explicar que possíveis problemas podem ser causados por eventos externos.

Este "detalhe" é, na visão do diretor, um dos diferenciais da empresa. “Perante aos outras concorrentes, a GVT cria, no ambiente da cidade, o que chamamos de mini-centrais, que são responsáveis por distribuir, mais próximo das residências, o melhor sinal aos clientes”, afirmou.

Diretor de operações da região Centro-Oeste, José Eduardo Fernandes. (Foto: Divulgação)
Diretor de operações da região Centro-Oeste, José Eduardo Fernandes. (Foto: Divulgação)

O diretor declarou, ainda, que, com os novos serviços - que demandaram investimentos de mais de R$ 60 milhões em todo Mato Grosso do Sul no ano passado -, a transmissão em Campo Grande ficará mais segura. Ao longo de 2013, estão previstos R$ 8 milhões em investimentos.

A GVT anunciou que a ampliação do portfólio na cidade ocorreu “graças à construção de uma nova rede de transmissão de dados de longa distância – backbone - que interliga a região a pontos de troca de dados distribuídos pelo país. Na obra que atravessou o Centro-Oeste, com uma extensão de 2 mil quilômetros de fibra óptica, foram gastos R$ 21 milhões.

Analista de infraestrutura, Juliano Bassani, de 30 anos, considerou os serviços, em especial a velocidade de internet, uma boa opção, mas disse que “só acredita vendo”. Segundo Bassani, as operadoras de telefonia geralmente "ofertam mais do que tem" e o cliente, no final das contas, fica à mercê da burocracia quando resolve, de fato, cobrar uma solução.

“Se eles estão falando que conseguem entregar a banda contratada, só se foi depois dessa mudança”, disse, ao afirmar há seis meses enfrentou problemas. “Em todos os testes que fiz nunca consegui utilizar a velocidade máxima”, resumiu.

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