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Consumo

Caro, narguile eletrônico vira modinha importada na noite de Campo Grande

Anny Malagolini | 03/04/2014 06:52
No lugar da fumaça, vapor. (Foto: Cleber Gellio)
No lugar da fumaça, vapor. (Foto: Cleber Gellio)

Depois da febre dos narguiles e um monte de propaganda contra, a moda agora é fumar o “E-hose”, a versão eletrônica do costume que veio do Oriente. A venda de cigarro eletrônico no Brasil é proibida pela Anvisa, por ter refil de nicotina. Mas como o E-hose é mais novo por aqui, quem vende garante que só há essência de menta e vapor, sem nenhum dano à saúde.

Em Campo Grande, tem até bar que aluga o aparelho por R$ 150,00, por noite. Não precisa de fogo e funciona a base de eletricidade. A fumaça na verdade é um vapor e, por conta disso, em ambientes fechados não causa transtornos.

Muito usado para quem tenta largar o vício do cigarro, o “Ehose” é popular nos Estados Unidos. De lá é importado pelo comerciante Dennison Cardoso Alves, de 36 anos, dono de uma tabacaria. Segundo ele, a procura é tão grande, que da última remessa com 150 unidades, não sobrou nada.

O preço não é nada generoso, cada um é vendido a R$ 600,00, mas na internet é possível encontrar modelos por pouco mais de 100 dólaresPara usar o aparelho, é preciso que ele seja carregado na tomada, por duas horas , e depois de três mil tragos, deve ser receber nova carga, como os celulares.

A essência, ou seja, o gosto, é de menta e os cartuchos que dão o sabor ao produto, aguentam até dois mil tragos. Depois devem ser descartados. Uma caixa com 4 é vendida a R$ 50,00.

Outra diferença, é que o trago não é quente, uma vantagem em relação as vias respiratórias. A fumaça do "Ehose" não se espalha no ambiente, evapora, bom para quem sempre foi fumante passivo. “O vapor tem peso e por isso não sobe”, explica Denilson.

A marca responsável pela distribuição no Brasil é a Starbuzz. Chegou a cidade há três meses e há puco mais de 30 dias, um dos principais bares de música sertaneja comprou 20 unidades para alugar na casa.

“Se não tem nicotina, não é prejudicial”, afirma o médico pneumologista Roni Marques. Ele diz que o real problema do fumo está na a incineração do tabaco. O médico avisa que não conhece o produto e lembra que antes de usar ”é preciso ver as propriedades”.

Não há uma norma específica para o E-hose no Brasil, que também não tem certificação nacional.

Cigarro elétrico - Já a caneta cigarro, outro tipo de equipamento, bem menor, mas também eletrônico, tem refil de nicotina e causa muita polêmica. Em 2009, a importação e o comércio foram proibidos pela Anvisa por falta de estudos sobre o equipamento. Mas o uso não é crime, porque o tabaco é permitido no País.

Os cardiologistas apoiam por conta da redução de danos. Quem é contra, argumenta que a tentativa de usar esses dispositivos como forma de se livrar do cigarro é um tiro no pé, porque o hábito continua. Há estudos nos Estados Unidos que identificaram pessoas que começaram com os cigarros eletrônicos e depois buscaram os convencionais. 

Aparelho é elétrico. (Foto: Cleber Gellio)
Aparelho é elétrico. (Foto: Cleber Gellio)
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