Caroline criou marca artesanal de kimono e vende para o país todo
A produção autoral chama atenção pela sustentabilidade e moda inclusiva. "Roupas reais para mulheres reais", afirma estilista.
Em julho de 2020, a estilista Caroline Debus, 40 anos, descobriu que sua paixão pessoal por quimonos podia ser não apenas fonte de renda, mas, produção consciente de moda. A estilista é dona da Ki.monaria, uma produção de quimonos totalmente artesanal e feita peça por peça, por suas próprias mãos.
Com a pandemia de covid-19 em pleno pico, a estilista – formada em moda e mestrado em educação – resolveu fazer quimonos para si, procurando uma peça que trouxesse conforto e ao mesmo tempo estética. "Decidi criar pra mim mesma. Queria uma peça bonita, estilosa e confortável", explica.
Caroline é gaúcha, natural de Uruguaiana mas reside em Campo Grande há 13 anos. Quando as mulheres à sua volta, irmãs, amigas e conhecidas, viram suas peças autorais, não teve como não se apaixonarem. "Foi tudo muito rápido. Elas gostaram, começaram a encomendar... e aí eu já abri um perfil no Instagram, a loja on-line e comecei a enviar para todo o Brasil", destaca. Os quimonos são produzidos aqui mesmo na Capital.
Os preços variam pelo tamanho da peça, sendo os mais curtos por R$ 159,00, os midi de R$ 179,00 a R$ 199,00 e os longos, R$ 209,00 cada. As peças acompanham bolsas ecológicas e sustentáveis, versáteis não apenas para acompanhar o quimono como também para serem usadas no dia a dia.
Os quimonos chamam a atenção não apenas pelo tipo de peça, cada vez mais em alta na composição de looks, mas também pelas estampas, cores e tecidos. Os destaques de florais, geométricos e lisos são produzidos artesanalmente, modelos tão exclusivos que lançam apenas quatro unidades por tecido. Algumas peças, inclusive, são unissex.
Nas geométricas, o apelo ao toque masculino se mistura as formas, cores e curvas. As mulheres mais básicas vão se encontrar nos quimonos lisos que, ao mesmo tempo passam seriedade, também se destacam pelo conforto de vesti-las. Para quem gosta de um toque de romantismo, o forte fica por conta dos quimonos florais, com estampas de girassóis, peônias, rosas e cerejeiras.
Sentir-se bem, aliás, é a principal motivação da marca. Em um mundo de cobrança estética tão elevada, a estilista destaca que as peças são de tamanho único, vestindo do 36 ao 50, e que a loja não entra nessa onda de que é preciso emagrecer para usar determinada roupa. "A ideia é encaixar a estampa e o tecido de forma que valorize todas as mulheres, seja baixa, alta, gorda ou magra. A peça se adequa ao tipo físico e não o contrário. Fazemos roupas reais para mulheres reais", afirma Caroline.
Empreendedora feminina no ramo da moda e em plena pandemia, Caroline demonstra que apesar do desafio, tem orgulho da produção e do motivo pelo qual ela surgiu. "A Ki.monaria veio como uma vontade pessoal. As mulheres irão se identificar com o propósito, de uma peça que não apenas te veste, mas te conforta, dá carinho".
"E tudo isso vai em contraponto com a indústria têxtil que utiliza mão de obra escrava, pela qual você compra uma blusa por um preço baixo, mas que alguém está pagando um preço caro por isso. Valoriza o processo você saber quem produz essa roupa", reforça a estilista.
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