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Consumo

Com tanta gente andando igual, que tal aprender a fazer as próprias roupas?

Elverson Cardozo | 14/03/2015 07:45
Curso de corte e costura começa por modelagem. (Foto: Divulgação)
Curso de corte e costura começa por modelagem. (Foto: Divulgação)

Você já pensou em fazer suas próprias roupas? Com tanta gente andando igual por aí, por conta das coleções fabricadas em escalas industriais, não é má ideia pensar em um curso de corte e costura. Mas será que vale a pena?

O estilista Marcio Massad garante que sim, mas, sincero, adverte: “Depende do que você quer. Em alguns casos sai mais barato comprar pronto”. Um curso assim, comenta, costuma valer o investimento se a intenção é produzir peças exclusivas, com algum diferencial.

Em outras palavras, isso significa que não é muito vantajoso se qualificar para reproduzir modelos já existentes. É como diz o ditado: “O molho pode sair mais caro que o peixe”. Mas, às vezes, dependo da situação, dá para lucrar e, claro, economizar.

“Eu vejo que dificilmente as pessoas fazem para copiar alguma coisa. Podem até se inspirar”, comenta. A inspiração, de qualquer maneira, é essencial, mas a criatividade para criar algo novo deve ser exercitada sempre.

Fabricar a própria roupa pode ser tão ou mais gratificante que comprar uma peça, por exemplo. “Eu observo que os alunos sentem prazer em fazer a primeira peça. Alguns não acreditam que foram eles”, diz.

É prazeroso e compensa, garante a publicitária Giovana Nantes Simioli, de 34 anos. "O que as lojas vendem são marcas", afineta. Ela fez o curso de corte e costura por uma necessidade pessoal e não se arrepende.

"Nunca encontrava roupas bacanas. Quando era legal, não servia. Sempre tive problemas em relação a isso [...] porque não gosto de usar nada que está na moda e meu corpo também não é tão proporcional. Tenho a cinctura um pouco larga, muito busto, pouco bumbum", comenta.

Por uma questão de praticidade, Giovana não fabrica todas as roupas que usa, mas consegue, pelo menos, fazer algumas peças. "Quando posso e estou inspirada ou preciso muito eu faço saias, blusinhas, terninhos. [...] O bom é que você usa uma roupa mais ajustada e fica até mais magra", valoriza.

Aulas são 100% práticas. (Foto: Divulgação)
Aulas são 100% práticas. (Foto: Divulgação)

Uma qualificação na área possibilita, ainda, explorar outras coisas. "Também é legal customizar. Com noção de costura e modelagem, você amplia muito as possibilidades", considera.

Márcio é um dos vários profissionais que oferece o curso de corte e costura em Campo Grande. Este é o quarto ano que ele abre novas turmas no próprio ateliê, que fica no bairro Chácara Cachoeira. E, para chamar a atenção de interessados, o estilista tem anunciado a qualificação focando, justamente, na “oportunidade única” de o cliente aprender a fabricar as próprias roupas.

O curso dele tem duração de quatro meses e acontece aos sábados em turmas de, no máximo, 10 pessoas. “Pego desde o aluno que não sabe nada, nem colocar uma linha na agulha, até aqueles que tem noção”. Mas, mesmo os que tem noção, precisam praticar, se aperfeiçoar, porque costurar é uma arte que existe dedicação.

Márcio oferece aulas 100% práticas e desde o primeiro dia. Ele começa ensinando modelagem plana, passa para interpretação de modelagem, vai para planejamento de corte e termina com práticas de costura.

“A pessoa começa modelando. Eu explico sobre base, estrutura de tecido, trama, com montar o molde, tirar medidas do corpo, quais medidas são as principais... um aluno exercita no outro”, exemplifica.

Em dias de aula, o ateliê costuma atrair mais mulheres que homens, mas eles também estão presentes. Alguns profissionais da área, estilistas como ele, procuram o curso porque querem diminuir custos na confecção das peças da própria marca.

“Tem gente que só vem para aprender a modelar”, conta. O curso custa R$ 200,00 por mês e será oferecido a partir desse sábado (14), em duas turmas (das 8h às 12h e das 14h às 18h). Outras informações podem ser obtidas pelo celular (67) 9256-9889.

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