Como amor ao “ponto de crochê”, Paty decora tudo com fio de malha

Quem olha de perto o trabalho da artesã Patricia da Silva Gomes, de 28 anos, mal imagina que até pouco tempo ela não sabia nada de crochê. Hoje é uma “crocheteira” de mão cheia, que usa o fio de malha como matéria prima para criar objetos e acessórios despojados para o dia a dia.

“Eu sempre tive muita curiosidade em aprender trabalhos manuais, adorava enfeitar qualquer comemoração que tivesse e fiz questão de fazer todos os 'mêsversários' da minha filha para decorar tudo. Até pensei que meu ramo seria papelaria, mas estava um dia na casa da minha mãe, no final de junho de 2020, quando uma das minhas primas apareceu fazendo crochê com fio malha”.

O olhar curioso de Patrícia garantiu o aprendizado. “Já tinha tentando aprender crochê antes com a minha avó, mas com o uso do barbante, no entanto, não tive muita paciência. O barbante é bem fininho e requer bastante atenção, coisa que eu não tinha na época”.

Foi então que em uma tarde ela aprendeu o primeiro ponto de crochê com fio de malha e não parou de produzir artesanatos. Longe do convencional cachepô ou porta acessórios, Patricia inventa de tudo com os fios de malha.

“Eu amei aprender e trabalhar com o fio de malha. Comecei com um cachepô mini, depois fiz um cesto organizador maior e acabei viciando. Fazia e desmanchava várias vezes pra fazer de novo. Hoje, todos os pontos que faço aprendi sozinha assistindo vídeos no YouTube”.

Patrícia faz cachepô inspirado em série famoso como "Friends" até opções coloridas em formatos de animais, que podem servir de decoração autêntica para sala ou quarto da criançada.

Ela também produz bolsas, chinelos, organizadores, cestos, bonequinhos e sousplat. “Costumo dizer que foi amor ao primeiro ponto. Quando eu vi que o trabalho aparecia rápido, que eu tinha liberdade para criar e eram muitas as possibilidades, descobri que esse era meu lugar”, destaca.

Patricia explica que existem dois tipos de fio de malha, o premium e o residual. “Trabalho com o residual, aquele resíduo têxtil que seria descartado na natureza. Eu utilizo esse para fazer as peças. Além disso, cada peça é única, não temos tabela de cores com o fio residual, no meio de rolo tem algumas surpresas como, mudança de tonalidade da cor, nós, costuras e até mudança de espessura”.

O fio de malha também foi a chance que Patricia encontrou de ficar mais próxima da filha. “Eu larguei meu emprego fora para me dedicar à minha filha, que tem 1 aninho e 7 meses. Estava totalmente voltada para ela, mas queria algo a mais, e a pandemia só fez desabrochar mais essa vontade. Hoje, amo ser crocheteira, pois cada pontinho, cada detalhe de uma encomenda é feito com amor, carinho e muita dedicação”.

Quem quiser conhecer mais sobre o trabalho de Patrícia, pode acompanhá-la no seu perfil do Instagram.

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