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Consumo

Costumes que eram indispensáveis, já não são seguidos à risca pelos noivos

Karla Lyara | 27/02/2015 06:45
(Foto: Heaven Studio)
(Foto: Heaven Studio)

Na preparação do casamento, os noivos quase sempre ficam na dúvida em relação à ordem do cortejo para a cerimônia religiosa. É fato que a ocasião é repleta de tradições. No entanto, cada vez mais, costumes que eram indispensáveis já não são seguidos à risca.

Antigamente, os padrinhos eram sempre os primeiros a entrarem, pelo fato de serem testemunhas do matrimônio. Mas, essa ordem sofreu modificações ao longo dos anos e, agora, em muitos casos, quem entra primeiro é o noivo, acompanhado de sua mãe.

Em seguida é a vez da mãe da noiva e do pai do noivo, depois dos padrinhos, sempre um casal da noiva e outro do noivo, respectivamente. E qual a quantidade? Depende. Já fiz casamento com quatro casais, oito e até com 20. Eu, particularmente, acho 10 ou 12 uma ótima escolha, sendo cinco ou seis de cada lado, mas fica a critério dos noivos.

Nem sempre o par precisa ser casado, como antes. Os noivos podem sim escolher uma amiga da noiva e um amigo do noivo, solteiros, de preferência, para não correr o risco de serem deselegantes, caso um dos dois sejam casados.

Aquele congestionamento no altar também deve ser evitado. Acomodam-se os pais, padrinhos, damas e pajens nos primeiros bancos da igreja, até para ficarem mais confortáveis.

Pais levam a noiva. (Foto: Heaven Studio)
Pais levam a noiva. (Foto: Heaven Studio)
Avós entrando com alianças. (Foto: Marcelo Santos)
Avós entrando com alianças. (Foto: Marcelo Santos)

Os pajens e damas entravam à frente da noiva. Alguns dizem que as crianças são anjos e significam pureza, outros falam que damas de honra têm a missão de distrair os maus espíritos que querem impedir o casamento.

O que acontecia é que as crianças roubavam os holofotes da noiva, principalmente, quando choravam ou “empacavam” no caminho. Então, adotou-se o hábito dos pajens entrarem e depois a noiva com o pai, tendo o destaque merecido. Ela pode optar entrar acompanhada do pai e da mãe, como fez a noiva Emilia Chacom, que casou agora em janeiro. Quando o pai já é falecido, por exemplo, ela pode ser levada por sua mãe, pelo padrinho de batismo, por um tio querido ou irmão.

As alianças que antes eram levadas no início da cerimônia, agora são chamadas pelo celebrante após a pregação. Fica lindo seguir a tradição, uma dama e um pajem. O cuidado é quando eles são muito pequenos e corre o risco de chorarem e não entrarem.

Por isso, devemos sempre pensar num plano B. Mostrar vídeos de outros casamentos como referência, pode ajudar a criança a ir se acostumando com a ideia. O ensaio perto do casamento é indispensável para apresentar o local e explicar como vai ser no grande dia.

Caso não tenham crianças pequenas na família ou tão próximas, os noivos podem eleger um irmão ou irmã, os avós e até mesmo o animalzinho de estimação, opção muito usada recentemente para levar as alianças até o altar. O quesito essencial é definir tudo conforme gosto e estilo dos noivos, afinal quanto mais íntima a cerimônia, mais emocionante será.

Pajem levou aliança no chapéu. (Foto: Kleber Pereira)
Pajem levou aliança no chapéu. (Foto: Kleber Pereira)
Costumes que eram indispensáveis, já não são seguidos à risca pelos noivos

 

 

 

 

*Karla Lyara é jornalista, cerimonialista, assessora de eventos e colaboradora do Lado B.

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