Depois de 2 grifes por aqui, Renato Ratier volta à moda e abrirá restaurante
Em São Paulo, com certeza ele é um dos sul-mato-grossenses mais famosos, dono da principal balada eletrônica daquelas bandas. Mas nesta virada de ano, Renato Ratier ganha status de ninja dos negócios, com lançamento hoje de uma grife de roupas e mil projetos prestes a serem concretizados, com a abertura do restaurante “Bossa” e, para 2015, a criação de centro cultural no Rio de Janeiro.
Apesar de tantos negócios, ele mantém apartamento em Campo Grande porque aqui estão os pais. Também por referências fortes que ainda hoje são identificadas no modo dele criar. Por aqui, Renato fez as primeiras experiências com a música e com a moda. Tinha uma loja na esquina da Rua Barão do Rio Branco com a José Antônio, a Sub Culture, onde também vendia peças desenhadas por ele.
Filho único de pecuarista muito rico, com propriedades aqui e no Paraguai, ele sempre disse que tinha tudo para virar um playboy , mas resolveu ter uma vida produtiva.
Depois de rodar o mundo como DJ, de consolidar a D-Edge como uma das principais casas noturnas do País, o novo ponto comercial é sofisticado: Alameda Lorena, 2008, Jardins, São Paulo.
No prédio, a partir de hoje funciona a loja da marca “Ratier” e em 7 de janeiro deve ser inaugurado o restaurante Bossa, com um clima anos 70 e arquitetura assinada por Marcelo Rosenbaum e Muti Randolph. “Pensamos em algo para funcionar 24 horas, como um estúdio”, explicou durante conversa com o Lado B em outubro passado.
Durante a entrevista, ele também já havia resumido a nova marca de roupas como “moderna e confortável”. A maioria das peças é para os homens, as mulheres ficam com apenas 30% da criação.
Renato produz o que sempre gostou de vestir. “Tem uma pegada de alfaiataria, mas sem aquela preocupação em amassar. Não precisa nem ser passado. Gosto do que é versátil, que você pode ir para uma reunião e depois sair direto para um jantar e uma balada”, comentou.
A cartela minimalista tem muito preto, marinho, verde militar, cinza e branco. Há muitas bermudas, camisas, peças em couro e também acessórios e linha home, com objetos para casa.
A ideia é fazer coleções periódicas, e fluxo de trabalho não parece ser motivo para preocupação. Na Barra Funda, onde já funciona a D-Edge, até o galpão aberto para o corte e montagem das peças Renato pretende transformar em ateliê-galeria, com música e todo tipo de arte ao vivo.
Para o ano que chega, o grande projeto é abrir no Rio de Janeiro um complexo de 2.8 mil metros quadrados, com a loja, outro restaurante, galeria de arte, estúdio, livraria e balada.
A proposta multifuncional de Renato prevê, inclusive, um hostel boutique, mas ainda sem previsão de abertura. Um conjunto de empresas comandado ao lado da esposa, a arquiteta Fernanda Pereira, com quem tem 2 filhos.