Grupo no Facebook ensina "Aonde não ir em Campo Grande"
A funcionária pública Camila Ariosi, de 29 anos, decidiu criar o grupo no Facebook: “Aonde NÃO ir em Campo Grande”. A percepção da falta de “tato” com os clientes em Campo Grande se tornou assunto em uma roda de amigas e com a evidência das mídias sociais, a página já ganhou mais de 6 mil seguidores e se tornou um PROCON para quem tem o que reclamar.
Ela adianta que a intenção do grupo não é prejudicar e sim alertar e até ajudar os empreendimentos no atendimento ao cliente. Em São Paulo, por exemplo, o Boicota SP tem gerado polêmica e serve de inspiração para quem também quer desbancar maus empresários Brasil afora.
Por aqui, são reclamações feitas contra vários tipos de serviços locais, como bares e restaurantes, até salão de beleza. Para não criar polêmicas, já que o intuito é melhorar, para postar o motivo de insatisfação é preciso detalhar o local com endereço, a data, a situação e o porquê se sentiu lesado, caso contrário, a postagem será deletada.
Ela conta que uma das seguidoras da página reclamou de um salão de beleza. O cupom de um site de compras coletivas se tornou problema. O produto no cabelo não deu certo e a revolta foi parar na internet.
Muitas vezes, o proprietário do estabelecimento nem mora na Capital e nem sabe da existência desses problemas, e a página ajuda, diz a autora da ideia.
Mas tem proprietário que não gostou, pediu para retirarem os comentários da página e até ameaçou registrar um boletim de ocorrência contra a página.
Em um pouco mais de 4 meses de existência, o grupo já conseguiu solucionar alguns problemas, conta Camila, que até chegou a ir aos locais que foram alvos de reclamações para constatar as reclamações de perto e também as que foram corrigidas e mencionadas na página.
Para ela, uma dos causadores de tanta reclamação é a falta capacitação dos funcionários.
É outro espaço que tem resolvido pendengas com bastante rapidez. Pelo menos, é o que se lê nas postagem da página. "A Central entrou em contato comigo e disse que o caso seria repassado a gerência e que estariam resolvendo o problema (isso na segunda feira dia 01/07/2013). Na quinta feira, dia 04/07/2013, o mesmo gerente que havia se negado a trocar me ligou dizendo que ele queria muito resolver o meu problema e que por isso entrou em contato com o fornecedor novamente solicitando a troca e que tinha conseguido, então que eu poderia estar indo a loja para trocar aquela calça em questão por qualquer produto da minha preferência”, relata umas das clientes que por pouco não ficou no prejuízo.