Isolamento fez Megaron criar vasos de madeira delicados em casa
Arquiteto começou a trabalhar com o artesanato na pandemia e agora faz vasos em formatos mais sofisticados
O arquiteto e agora artesão Megaron Molossi, de 36 anos, faz vários vasos artesanais de madeira, mas especialmente com madeira de reflorestamento. No ano passado, ele montou sua oficina e começou a aprender em casa a fazer as peças. Ao Lado B ele contou mais sobre seu processo criativo.
“A ideia mesmo começou com meu primo que é marceneiro. Ele faz móveis,mas um dia vi ele fazendo um vasinho e me senti inspirado”, explica. No fundo do quintal de casa, Megaron então montou uma oficina para fazer os vasos ele mesmo. Comprou o torno e começou a aprender sozinho em casa com ajuda de tutoriais na internet e dicas de outros artesãos.
“Desde a faculdade, sempre gostei de trabalhos manuais e também da madeira como material. E também gosto da parte artística, me identifico com a parte da escultura, que é o que me dá prazer, apesar de não me considerar artista e sim artesão”, detalhou.
As peças de Megaron são simples, minimalistas e ideais para trazer um ar rústico para o ambiente. São vasos de diversos tamanhos, porta velas e até abajures. “Ainda estou aprendendo, faço coisas bem simples, só agora estou fazendo algumas mais elaboradas”, explica.
Desde que começou a fazer as peças, diz ter levado uns três meses para conseguir fazer uma peça que considerava “apresentável”. Em média, cada peça demora umas duas horas para ficar pronta.
“A execução de uma peça segue várias etapas. Primeiro a preparação da madeira, depois o torneamento, seguido do lixamento e furação e então acabamento com óleo. A parte de torneamento em si, leva de 30 minutos a uma hora”, detalhou.
Desde que lançou sua primeira peça, diz ter recebido um retorno bacana das pessoas, mas reforça que ainda está em aprendizado e que aos poucos vai se aperfeiçoando. “É também uma forma de expressão sim. Às vezes os desenhos dos vasos saem em momentos que não estou no torno, vem uma ideia de um desenho novo, uma inspiração, depois eu vou lá e executo. Mas apesar da parte artística, prefiro o termo artesão mesmo”, reforça.
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