Moda chegou depois, mas nos estúdios de tatuagem tendência é implante na pele
Em Campo Grande a moda, como sempre, chegou atrasada, mas ainda é tratada como tendência. Nos estúdios da cidade, implante microdermal tem sido um dos procedimentos mais solicitados nos últimos meses.
A informação vem da bodypiercing Carol Santos, de 20 anos, que trabalha na Galeria Dona Neta. Ela mesma tem um microdermal implantado no rosto, na altura da sobrancelha. “Uso há 6 meses. Coloquei porque é diferente”, diz.
Quem vê de longe pensa que é um piercing normal, mas é só chegar perto para reparar que o negócio é diferente. O strass que ela usa é ecaixado na parte do acessório que fica dentro da pele.
O componente é conhecido como “poste”, uma rosca interna que acopla a “âncora”, a ponta visível. É por isso que a “novidade” se encaixa na categoria de “modificações corporais”.
Mas, se comparado a outros procedimentos, é algo ainda leve, que não carrega complicações cirúrgicas. A base da peça é colocada na derme, camada intermediária da pele, localizada logo abaixo da epiderme.
“E dá para colocar no meio do peito, no braço, na nuca”, explica a bodypiercing Mellina Fernandes, de 21 anos. Ela, que também realiza o procedimento, esclarece, para quem ainda tem dúvidas, a diferença do piercing. “O micro descola a pela, fica em baixo”.
A aplicação, na Galeria Dona Neta, varia de R$ 100,00 a R$ 150,00, dependendo do modelo escolhido. Tem gente que coloca microdermal no dedo da mão, na barriga e até no meio de tatuagens.
A disposição do acessório permite, inclusive, criar desenhos na pele. Veja abaixo algumas inspirações retiradas da internet.
Para Carol, a única desvantagem do implante é a cicatriz que fica quando o acessório é retirado.
Alternativas - Outra novidade, nos estúdios, são os surface", ou “piercing de superfície”, como também são chamados. A diferença está na perfuração, que não atravessa a pele. Dá para colocar na língua, por exemplo, sem fazer um buraco de cima a baixo.
Tem, também, o scalp. É o nome de um procedimento que acelera o alargamento de orelhas, afirma a bodypiercing Carol. É para os “apressadinhos” que não querem esperar o tempo certo de trocar o alargador.
Um corte de 3 cm, com bisturi, resolve o problema. Carol fez isso. Ela usava um alargador de 16 mm, mas para usar um de 20 mm precisou “entrar na faca”.
O procedimento gerou uma otimização de 3 meses. “Troquei em 2 meses. O normal seriam cinco”, conta.