Na internet, publicitárias prometem “A Incrível Loja de Coisas”
A produção começou devagar. No ritmo de quem tem fascínio pelo design, mas precisa ganhar dinheiro no mercado formal.
O projeto tem duas Anas que, além do nome, têm em comum a profissão. Ambas são publicitárias em Campo Grande. Ana Elisa Laburu cria, Ana Lefevre produz e as duas juntas prometem “A Incrível Loja de Coisas”.
O conceito batizou a página no Facebook que coloca à venda muito da arte publicitária. Há, por exemplo, o culto à cerveja, que estampa almofadas e faz rótulos virarem quadros para uma decoração descolada.
Mas a pegada forte é no estilo geek, palavra que define comportamento meio nerd, meio tecnológico e ao mesmo tempo retrô. Outra semelhança entre as Anas, fãs de seriados e filmes símbolos de gerações.
Star Wars é um dos temas em objetos com o Mestre Yoda, a princesa Léia...
Personagens de antigos jogos de Atari ou Nintendo também aparecem em mesas de MDF, de linhas quadradas. Preta ou branca, a peça quebra a sisudez com game pixel no tampo.
Com os clientes, toda a transação é combinada também via Facebook, com troca de mensagens inbox, da encomenda, ao pagamento.
Ana Lefevre produzia vídeos e agora trabalha em uma agência de publicidade e já elegeu o carro-chefe do projeto. “Os quadrinhos vendem como água”, conta.
As criações surgem, com tudo, da observação. “Vejo algo legal, mas que ficaria muito melhor com outra estampa”, explica Ana Elisa.
Como criatividade e disposição não faltam, uma das poucas limitações tem relação com fornecedores. O poliéster usado para as almofadas, por exemplo, é mais caro por conta da lei da oferta e da procura. “Mas a gente continua priorizando fornecedores aqui em Campo Grande. Usamos tecido, metal, gráficas, tudo daqui”, comenta.
E o melhor de experiências como essa nas redes sociais, é que cliente aparece de onde menos se espera. “Vendemos 3 peças esses dias para São Paulo. Duas, para pessoas que nunca vi e um para um conhecido do Facebook”, lembra Ana Elisa.
A ideia é também é criar produtos sazonais, para datas comemorativas, como ocorre em redes do tipo Imaginarium.
O preço? “Nunca ninguém reclamou”, garante a diretora de arte.