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Consumo

Nair cria coleção inspirada em tear de família de José Antônio Pereira

Estilista campo-grandense cria roupas inspirada na forma que esposa e nora de fundador da capital faziam peças

Thailla Torres | 21/05/2021 09:29
Peças feitas no tear fazem parte de coleção inspirada na família de José Antônio Pereira. (Foto: Jessica Aime)
Peças feitas no tear fazem parte de coleção inspirada na família de José Antônio Pereira. (Foto: Jessica Aime)

Da produção ao ensaio. Cada detalhe da nova coleção faze referência à família que fundou Campo Grande. Foi assim que a estilista campo-grandense Nair Gavilan deu início a sua coleção de roupas inspirada na maneira em que a esposa e a nora de José Antônio Pereira confeccionavam roupas no passado: no tear.

Antes de sua produção, Nair diz que realizou uma pesquisa junto ao museu José Antônio Pereira e encontrou pequenos recortes do passado em que mencionavam, Maria Carolina de Oliveira e Anna Luiza, esposa e nora, respectivamente, de José Antônio Pereira, como tecelãs.

Além das peças que levaram em conta história da cidade, ensaio foi realizado no museu. (Foto: Jessica Aime)
Além das peças que levaram em conta história da cidade, ensaio foi realizado no museu. (Foto: Jessica Aime)

Após esboçar o que seria sua nova coleção e ser contemplada pelo Fundo da Cultura de MS, por meio da Lei Aldir Blanc, Nair mergulhou em pesquisas de indústrias têxtil do mundo todo até encontrar a matéria prima que seria o “carro chefe” da coleção: o algodão orgânico.

“Pensando, mais uma vez, em produzir de forma sustentável, pesquisei tecidos que, cientificamente, provocam menos impacto ao meio ambiente. Para isso, estudei desde o plantio deste algodão até seu tingimento. Feita a pesquisa, consegui encontrar uma fábrica que exporta a fibra, fora do país. Além disso, também me preocupei em me certificar que a fábrica segue uma linha eco sustentável, que vai desde a mão de obra até a água do tingimento, que é reutilizada”, explica a estilista.

As peças da coleção utilizam três linhas do algodão: orgânico livre de agrotóxicos, reciclado de garrafas pets e o algodão sustentável. Todos, segundo Nair, quando descartados, não degradam o meio ambiente.

Pulôver também feito no tear. (Foto: Jessica Aime)
Pulôver também feito no tear. (Foto: Jessica Aime)

Coleção – As peças de outono e inverno levam elementos românticos para qualquer ocasião. “Um dos elementos adicionados às peças são feitos em crochê, arte milenar que resgata e valoriza o trabalho manual feminino e, ao mesmo tempo, abre espaço para que a técnica volte a ser mais utilizada e consumida, principalmente em MS”, afirma.

As peças serão exclusivas garante, ou seja, não terão estoque.

Nair é formada em Design de Moda, atua no mercado de moda há dez anos e começou a criar e costurar suas roupas desde criança. É mãe de duas meninas, trabalha com corte e costura há 13 anos e faz moda feminina o ano todo.

Quem tiver interesse nas peças pode entrar em contato com Nair pelo Instagram (clique aqui)

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Nair entre as modelos que fizeram ensaio no museu. (Foto: Jessica Aime)
Nair entre as modelos que fizeram ensaio no museu. (Foto: Jessica Aime)


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