Uma parada na folia para aproveitar as pechinchas da feirinha da Bolívia
Durante o dia Corumbá parece dormir para curar a ressaca da noite de folia e a movimentação maior acontece na fronteira com a Bolívia. Os turistas aproveitam a segunda de Carnaval para cruzar a fronteira e fazer a festa na feirinha da Bolívia.
“A gente veio conhece o Carnaval de Corumbá e já aproveitou para fazer compras do outro lado da fronteira. Descansamos da noite de ontem e à tarde viemos para cá”, diz o folião de Panorama, interior de SP, Marcio Nunes, de 33 anos, que veio curtir a folia com um grupo de amigos e parentes.
Chegar até lá é fácil. Cerca de 15 minutos e pronto, a placa “Benvenidos a Bolívia” recepciona os compradores. Em pleno Carnaval, a fiscalização também tira férias e a passagem de veículos acontece tranquilamente. O pedágio custa R$ 1.
A paisagem não é das melhores, ao contrário da vista do Pantanal, com as ruas de terra, desertas e empoeiradas. Mas o que atrai mesmo os visitantes são preços das lojinhas e barracas.
Quem conhece bem o local já avisa: perfume e eletrônicos não compensa tanto, é melhor ir para a fronteira do Paraguai. O forte mesmo da feirinha são as roupas, produtos de cama, mesa e banho.
“Compensa muito só para comprar roupa de cama, mesa e banho. É a terceira vez que venho”, diz a professora do Rio de Janeiro, Jaqueline Teixeira, de 38 anos.
A oferta desses produtos é variada e exposta pelos varais na frente das lojas. Camisa pólo é vendida por R$ 15, em outra loja os vestidos e blusas expostos podem ser levados R$ 10 cada, já as tolhas de banho custam R$ e a calça jeans masculina R$ 15 e feminina R$ 17.
Mas o comerciante ainda avisa: se levar por atacado o preço cai pelo menos R$ 2 em cada peça.
Edredon de casal custa em média R$ 50, com várias estampas, e a roupa de cama pode ser renovada por R$ 20, também de casal.
Mas para quem chega até a feirinha, aproveitar os descontos nos outros produtos é quase uma obrigação. A farmacêutica Oaiane de Mello, de 22 anos, e o cunhado Eduardo Lino, de 14 anos, explicam que o vale “é andar, olhar e comprar o que gostar, com preço bom”.
Ele sai levando um tênis e ela, como toda mulher, hidrantes e produtos de beleza.
Vale lembrar que o turista da feirinha tem que ter disposição para vasculhar as lojinhas e pechinchar, mas também muito bom humor para relevar o jeito boliviano de vender.
Simpatia não é o forte das vendedoras, que são adeptas do sistema pegou-comprou e não gostam do jeito brasileiro de olhar e provar o produto antes da compra.