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Diversão

1° Arraial dos Povos de Terreiros teve feijoada, acarajé e muito samba

Festa uniu 20 terreiros de candomblé e umbanda, e provou que festejo junino com samba também é ótimo

Thailla Torres e Caroline Maldonado | 18/07/2022 07:14
Além de trajes caipiras, fieis da umbanda e candomblé também usaram trajes religiosos. (Foto: Alex Machado)
Além de trajes caipiras, fieis da umbanda e candomblé também usaram trajes religiosos. (Foto: Alex Machado)

Quando trata-se de religião ou festas juninas, é notável que os holofotes se voltam aos costumes ligados ao catolicismo e eventos realizados pelas igrejas. Mas na noite deste domingo (17), vinte terreiros de umbanda e candomblé em Campo Grande provaram que outras religiões também comemoram esse período, com uma festa linda, animada e cheia de cultura.

Foi assim o primeiro 1º Arraial Cultural dos Povos de Terreiro realizado no Armazém Cultural, com entrada gratuita. Adultos e crianças desfrutaram de uma festa que, além do tradicional forró e quadrilha típicos dos festejos juninos, levou ao público muito samba, feijoada, acarajé e outras comidinhas baianas.

Pais e mães de santo e outros fiéis de religiões de matrizes africanas saíram dos terreiros onde comumente dançam ao som dos ataques e foram para armazém animar o público com uma quadrilha que teve até “O Mar Serenou” na voz de Clara Nunes.

Pai Dea, presidente da Federação das Religiões de Povos de Terreros de Mato Grosso do Sul Ajô Nilê, falou que festa é uma grande conquista. (Foto: Alex Machado)
Pai Dea, presidente da Federação das Religiões de Povos de Terreros de Mato Grosso do Sul Ajô Nilê, falou que festa é uma grande conquista. (Foto: Alex Machado)

Nas barracas de comida, não faltou pipoca e nem pastel, mas se destacou entre as receitas a feijoada, o vatapá, o acarajé e o abará, comidas baianas que tem história e ancestralidade em seu tempero.

Para Deamir Lemes Ribeiro, o Pai Dea, presidente da Federação das Religiões de Povos de Terreros de Mato Grosso do Sul Ajô Nilê, a festa é uma conquista a ser celebrada. “A importância dessa festa é a visibilidade aos povos de terreiro e mostrar à sociedade que o samba, o pagode, vestes e comidas são oriundas dos terreiros, e principalmente promover a união entre os nossos povos”, destaca Deamir.

Festa teve bateria da escola de samba Vila Carvalho. (Foto: Alex Machado)
Festa teve bateria da escola de samba Vila Carvalho. (Foto: Alex Machado)
Acarajé foi um dos sucessos da noite. (Foto: Alex Machado)
Acarajé foi um dos sucessos da noite. (Foto: Alex Machado)

O pai de santo João Carlos de Odé também destacou a importância da união entre os religiosos. “É significativo para divulgar nossa ancestralidade. Já estamos cansados de nos esconder, nós temos que mostrar a nossa cultura”, pontua.

Aos 74 anos, a professora aposentada Nadir de Souza, saiu de casa e foi curtir a festa. “Fiquei muito curiosa em saber o que iria acontecer aqui e achei muito legal. Uma delícia ouvir músicas em ritmo de samba. Também quero comer um acarajé”, disse.

Uma das barracas mais lotadas era a do Pai Jil, do terreiro de candomblé Ile Sola. O público fez fila para comer o acarajé feito pela mãe Solange, que também arrasou no preparo do abará e acaçá, que são todas comidas baianas. “É uma felicidade imensa esse momento. É celebração, é cultura, é respeito”, finalizou Pai Gil.

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A festa rolou com muita animação até às 22h e, pelo sucesso, já deixou muita gente esperançosa pela segunda edição.

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