Ao lado de mãe bissexual, Elis sabe mais de direitos do que muito adulto
Menina de 8 anos produziu cartaz sobre o que deseja para comunidade LGBTQIAPN+
A 20ª edição da Parada da Diversidade de Campo Grande foi palco de um ato emocionante protagonizado por uma menininha de apenas 8 anos. Elis Brites, acompanhada de sua mãe, a bombeiro militar Ana Brites, quis fazer algo especial para demonstrar seu apoio aos direitos e ao respeito às pessoas LGBTQIAPN+.
Com um cartaz colorido nas mãos, a pequena Elis fez questão de selecionar cada palavra que comporia sua mensagem. "Dignidade", disse a mãe, foi a única palavra escolhida por ela, o restante, como "direito", "respeito", "ser", "amar" e "viver", foram palavras escolhidas pela própria menina. O objetivo era claro: sensibilizar as pessoas sobre a importância de respeitar a diversidade e promover o amor e a igualdade.
"É porque as pessoas têm que aprender a respeitar as outras", disse Elis com um sorriso no rosto, mostrando sua compreensão mesmo aos 8 anos. Essa não foi a primeira vez que ela compareceu à Parada da Diversidade com a mãe. Desde cedo, Ana Brites se esforça para ensinar a filha valores como respeito, inclusão e amor, especialmente por ser bissexual e compreender a importância de um mundo mais igual.
"Ao trazê-la para a festa, quero mostrar que existe diversidade e respeito. Ainda há preconceito e pessoas que morrem em razão de sua orientação sexual ou identidade de gênero, por isso, dialogar com ela é fundamental", explicou Ana. Ela relembra que dentro de casa também já enfrentou preconceitos, o que a motivou ainda mais a criar uma relação diferente com a filha, baseada no diálogo e no entendimento mútuo.
"Eu sempre tentei criá-la com todos os valores que acho importantes, e um deles é o respeito. Ela entender que a mãe teve relação com o pai e hoje está com uma mulher, e está tudo bem, faz com que ela cresça em um mundo que cada vez mais está avançando", acrescentou Ana, orgulhosa da atitude da filha.
Enquanto a Parada da Diversidade continua a ser um espaço de celebração e luta pelos direitos da comunidade LGBTQIAPN+, o ato de Elis ressaltou que a inclusão e o respeito são valores que precisam ser ensinados desde cedo, pois é com o amor e a educação que se constrói um futuro mais tolerante e compreensivo.
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