Bloco Sujo resgata despojamento dos antigos carnavais de rua na Capital
Ao som de antigas marchinhas, mais um bloco surgiu na Orla Ferroviária de Campo Grande, entre a Mato Grosso e a Calógeras, dançando, cantando e curtindo o Carnaval que este ano deve ser forte nas ruas da Capital.
O simpático “Bloco Sujo do Rockers”, o primeiro desta sexta-feira de folia, trouxe homens fantasiados de mulher e as mulheres de homem. Quem não quis entrar na brincadeira, pode optar pelas fantasias de palhaço ou brega.
Metade dos foliões entraram no clima e caíram na farra fantasiados, a outra metade curtiu somente cantando e dançando as marchinhas.
O ator Diogo Adriani Souza, de 23 anos, foi vestido de roupão e peruca de mulher e exaltou a importância do bloco, que abre oficialmente o carnaval de Campo Grande. “É o segundo ano que participo do Bloco Sujo, na minha opinião o melhor bloco. A cidade não tinha nada pra fazer na sexta feira e o legal é que o pessoal agora está criando o costume de ir para o bloco de carnaval”, disse ele, que curte o carnaval antes mesmo de ir para as ruas. “Uma das melhores coisas do bloco é a fantasia, de exercitar a criatividade, isso é muito legal porque o pessoal acaba interagindo, tirando fotos, se conhecendo”, acrescentou.
É o caso de Alcides Fernandes Neto, de 28 anos, que no Bloco Sujo encarnou o personagem ‘Cidinha’. “Esse é o terceiro ano que saio no Bloco Sujo, que traz essa tradição dos homens vestirem de mulher e a mulher de homem, igual em Corumbá (Bloco Chupeta), isso é muito engraçado”.
Para Carlos Alberto Rezende, de 50 anos, o Bloco Sujo do Rockers tem sabor de nostalgia. Mais conhecido como Professor Carlão, ele participa do carnaval de rua de Campo Grande desde os anos 80. “Esse retorno é muito legal, estamos criando a nossa identidade em uma das maiores festas populares do Brasil e resgatando esse lance legal dos antigos carnavais”, finalizou.