Carnaval na Fernando Corrêa surpreende, atrai foliões cativos e até organizados
Penúltimo dia de Carnaval reuniu cerca de 1,5 mil pessoas na Fernando Corrêa da Costa
Este ano, quem decidiu curtir o penúltimo dia de festa na Fernando Corrêa da Costa, um dos pontos mais tradicionais de Campo Grande, se surpreendeu. Cerca de 1,5 mil pessoas foram à avenida, gente já fiel ao baile popular organizado pela prefeitura, mas também foliões estreantes.
Há mais de oito anos, um grupo de amigos formado por cerca de cinquenta pessoas se mantém fiel ao Carnaval da Fernando Corrêa. Como forma de “garantir” que serão notados, os amigos sempre confeccionam camisetas e distribuem entre eles.
“Cada ano a gente faz uma camiseta diferente e vem pra festa. É uma forma de identificar nosso grupo e uma forma de descontração, porque as frases vão mudando e cada ano é uma coisa nova, uma surpresa”, diz um dos integrantes.
Em tempos de crise, os amigos decidiram improvisar um bar coletivo para garantir o “combustível” durante a festa. “Cada um trás o seu ai a gente economiza, divide e ai vai curtindo a noite”, comenta.
A solução encontrada pelo grupo vai contra as regras, só vingou na surdina. Não é permitido que as pessoas entrem com qualquer tipo de bebida ou isopor dentro do circuito principal da Avenida. Segundo a organização do evento, a medida é para garantir que nenhum incidente ocorra.
Este ano, cerca de 280 pessoas trabalham para garantir a segurança dos cerca de 40 mil foliões esperados para os quatro dias de carnaval. São 40 seguranças particulares, 120 agentes da Guarda Municipal e 120 policiais militares.
De acordo com a organização do evento, durante às duas últimas noites não houve nenhuma ocorrência de maior gravidade, exceto pequenas brigas que logo foram contidas.
Para garantir ainda mais a segurança, detectores de metais foram instalados no acesso a área de palco e todos são submetidos a uma revista.
Todo o aparato de segurança e a presença constante dos agentes surpreendeu de forma positiva o casal Adriana e Benigno, que veio de Nova Andradina, a 300 quilômetros de Campo Grande. Pela primeira vez eles curtem o Carnaval na Capital.
“A gente sempre viaja para algum lugar mais tradicional, mas como esse ano estávamos aqui, resolvemos arriscar. E foi uma surpresa boa. A música está legal, tem bastante segurança e assim eu fico mais tranquila até pelo fato de estarmos com o nosso filho”, completa.
Estrutura – Para garantir comodidade aos foliões, dezenas de banheiros químicos foram instalados dentro do circuito, onde cerca de 15 barracas dos mais variados tipos de lanches foram montadas para assegurar que os festeiros não passem fome. Há de tudo, do tradicional cachorro-quente ao arroz carreteiro.
E quem aproveita para lucrar são os comerciantes. O empresário Moacir Brioste, 47 anos, afirma que chega a vender cerca de 120 lanches nas noites de folia. Um número não muito expressivo, segundo ele, no entanto, que já garante uma rendinha extra.
“Não vendemos muita coisa, mas já tá bom. Esperamos que amanhã, no último dia, possamos vender mais e fechar o Carnaval com chave de ouro”, completa.
Sexo seguro – De acordo com a supervisora geral do Programa Municipal de DST/Aids, Luciana Caetano Rocha da Silva, só nesta segunda-feira cerca de 21,6 mil preservativos foram distribuídos na Capital. Segundo ela, ao longo dos quatro dias de Carnaval a previsão é de que 500 mil unidades sejam distribuídas em ações realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde em conjunto com voluntários.
Somente na Fernando Corrêa, oito voluntários participaram da ação para incentivar o uso da camisinha.
Programação - Nesta terça-feira (18) a festa continua na avenida. Com matines às 17 horas com a apresentação dos grupos Beleza Pura e Milk 7