Com saudade do boteco do bairro, irmãos abrem bar com pagode ao vivo na Planalto
Local virou point na periferia para quem busca cerveja gelada e local sem frescura para ir de chinelo
Cerveja e pagode são duas das principais paixões dos irmãos campo-grandenses Moacir e Elias Gonçalves. Quando elas se encontram, ninguém precisa ter motivo para reunir os amigos e cair na dança ao som do pandeiro e do cavaquinho. Por isso, há um ano eles abriram as portas do “Bar e Conveniência Dois Irmãos”, que aos sábados tem música ao vivo e virou ponto de encontro de quem busca roteiro sem frescura.
Em Campo Grande, cidade que oferece ao público opções de bares nada simples, muitos são conhecidos por deixar o cliente sem jeito caso ele chegue sem produção alguma. Cansados disso, os irmãos decidiram abrir as portas do próprio bar para ninguém se preocupar com o que vestir e sim com a música e a cerveja gelada.
“Eu gosto muito de pagode, há anos, e no último ano, em uma conversa com o meu irmão, a gente sentiu falta de bares simples dentro de bairros para curtir com os amigos. Então decidimos abrir o próprio bar”, conta Moacir, 45 anos, que trabalhou durante anos em uma distribuidora.
A aposta deu certo, garantem os donos, que agora reúnem amigos “das antigas” para curtir um pagode e boas conversas. De esquina, não tem erro chegar ao prédio que fica na Rua Dom Pedro II com a José Bonifácio, na Vila Planalto. O lugar é simples, com fachada típica dos botecos bairristas. As mesinhas na calçada são convite para cerveja em qualquer dia da semana a partir das 10 horas da manhã.
O início do novo negócio foi marcado pela freguesia composta por pessoas que moram ou trabalham pela região. Hoje o cenário é outro. “Vem gente de tudo quanto é canto da cidade”.
O funcionário público federal aposentado, Eduardo Alvez Ribeiro, 62 anos, é um deles. Diz que mora próximo ao Jardim dos Estados e há meses atravessa a cidade para curtir a programação aos sábados. “Sou de Feira de Santana, na Bahia, e amo uma animação. Costumo buscar lugar para dançar e me divertir, e conheci aqui com uma amiga. A gente samba demais nessa calçada”.
Quem também se deu bem com a chegada do bar à região foi o morador Ronaldo Alvez, 51 anos, que vive a duas quadras do boteco. “Morava no Taquarussu e frequentava um pagode por lá. Há pouco tempo me mudei e descobri esse daqui, adorei, é animado e familiar ao mesmo tempo”.
O lugar é novo reduto para a cuidadora de idosos Cristiane Aparecida de Souza, 49 anos, que aos sábados de folga não dispensa o pagode. “É uma delícia. Eu venho desde o começo e é gostoso acompanhar o crescimento deles”, afirma.
A filha de Moacir, Naomy, 26 anos, é quem fica no bar e ajuda a preparar os quitutes. Por lá tem cerveja 600 ml a R$ 7,00 e porções de batata frita, frango a passarinho, isca de carne e calabresa.
A simplicidade do lugar é o que mais entusiasma os clientes afirma Elias. “Ninguém repara se você vir de chinelo ou com uma roupa mais simples. Boteco é pra beber, ouvir música e confraternizar com os amigos”.
Do lado de dentro, as esposas ajudam na entrega de bebidas e no caixa. Ainda há máquina de música jukebox e mesas de sinuca. No último sábado, quem se apresentou no local foi o grupo de pagode Zaguiô.
Quem quiser conhecer o bar, aos sábados o pagode inicia às 19h na Rua Dom Pedro II, 348, Vila Planalto.
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