Com vista para o pôr do sol, bar serve lanches “Chevetinho” e “Opalão”

No Parque dos Novos Estados, bem em frente a Praça do Leão, uma casa agora abriga um contêiner descolado em que o serviço de hamburgueria e a tradição de buteco se encontram. Com vista para o pôr do sol e menu que homenageia carros antigos, a ideia de fazer uma Kombi de food truck foi trocada pela comodidade de trabalhar na residência em que moram logo atrás.

"Sempre compartilhamos o sonho de empreender o nosso próprio negócio juntos, fazer algo diferente, bacaninha, que atendesse a região mas sem perder a tradição do meu esposo dos lanches mais acessíveis", explica Alaine Ferreira Moraes, 26 anos, que junto de Ricardo Manoel Moraes, 40, são donos do Burteco.

"Mas a ideia foi toda da Alaine. Ela pegou várias referências e foi pondo em prática, desde as luzinhas até o arranjo das flores, deixando o espaço ao mesmo tempo arrumadinho mas também com nossa cara, nossa essência", considera Ricardo.

Uma das paixões do marido, até nome de carros antigos viraram inspiração na hora de criarem o cardápio. Nos hambúrgueres artesanais, um "Chevetinho" sai por R$ 16,00, "Opalão" por R$ 19,00, Mustang por R$ 23,00 e o clássico Maverick por R$ 29,00. Este último se trata de um verdadeiro matador de fome: são 3 hambúrgueres feito com carne de costela e ponta de peito. Sem esquecer, é claro, do molho especial.

E os nomes não param por aí. Nos aperitivos, porções de batata-frita vão da Caloicross até Monareta, além do "Fuscão" velho de guerra nas iscas de carne com pão na chapa, calabresa e mandioca frita que sai por R$ 38,00. No mesmo preço, está a "Belinosa", variação do Fusca com frango e cebola.

"Já pensamos até numa brincadeira. Vamos estabelecer um dia para que o cliente chegue com o carro de mesmo nome do lanche. Ao provar a documentação, ele vai levar de graça uma degustação pra casa", ressaltam.

Já no cardápio de drinks, o diferencial fica por conta do cozumel, uma mistura de mel, sal, limão e gelo servidos em uma taça larga com uma long neck de Coronita atravessada – tradição sulista que sai por R$ 13,00. "Temos também a promoção 'Sextou'. O cliente que pedir dois drinks, o terceiro fica por conta da casa", revela Alaine, que além de proprietária também é bartender.

Desde que tinha 10 anos, Ricardo já se enturmava no ramo alimentício, um aprendizado que veio desde cedo pelo pai. Herança de família que corre no sangue, seu tio também é o proprietário de uma lanchonete na Euler de Azevedo.

Antes de lançarem o novo negócio, por muito tempo ele fez a renda girar por meio do Ricardinho Lanches, que ocupou diferentes pontos na cidade. Quando veio a pandemia, até tentou permanecer no esquema home office, mas não deu certo e acabou se desfazendo. "O que salvou foi Alaine ter conseguido um emprego de recepcionista bem nessa época", relembra.

Na vontade de empreender, os dois não pensaram duas vezes: venderam a casa onde moravam no bairro Nova Lima e foram parar no Novos Estados – até pela proximidade com a família dele – e investiram mais de R$ 120 mil no esquema do contêiner.

"O proprietário da casa que alugamos incentivou a gente, não colocou nenhum empecilho no projeto, o que foi uma bênção . E a ideia daqui pra frente é expandir. Já vimos a possibilidade de no mesmo terreno colocar um outro contêiner, só que de menor tamanho", garantem.

O casal ainda pretende colocar palco com música ao vivo e convidar novos talentos para se apresentar.

O bar fica na rua Marquês de Leão, 789, no Parque dos Novos Estados. Funcionamento de segunda a domingo, das

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