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Diversão

Do Chile à Argentina, amigos fizeram ‘expedição’ incrível em 16 dias

Saindo de Campo Grande, 8 casais se preparam por um ano para enfrentar até desertos

Por Aletheya Alves | 20/10/2023 06:35
Grupo durante visita ao deserto de sal, na Bolívia. (Foto: Arquivo pessoal)
Grupo durante visita ao deserto de sal, na Bolívia. (Foto: Arquivo pessoal)

Por um ano, um grupo de amigos formado por oito casais se preparou para viajar durante 16 dias e garantir sua própria “expedição” por cinco países. Saindo do Brasil, eles conheceram desde o Deserto de Atacama até o Salar de Uyuni, tudo de motocicleta.

Ainda sentindo as boas memórias do percurso, o empresário José Thomaz Filho conta que a experiência foi diferente de tudo o que viveu. Integrante do grupo de motociclistas “7 Brothers”, que expandiu para nove amigos, ele explica que viagens são feitas regularmente.

Mesmo assim, a “Expedicion Uyuni e Atacama” foi a mais desafiadora e encantadora, de acordo com o empresário. Por questões particulares, um dos nove amigos não conseguiu participar e, por isso, os oito se envolveram na viagem.

Desde que decidiram preparar o trajeto, Thomaz conta que os detalhes foram pensados ao máximo. Começando pelo itinerário, eles deixaram Campo Grande no de 29 de setembro, chegaram à Bolívia no dia 30 e saíram do local no dia 4 de outubro.

Por lá, os pontos visitados foram Santa Cruz, Sucre e o Salar Uyuni, o deserto de sal mais alto do mundo. “Foi uma coisa incrível, nós fizemos tudo de moto e tínhamos um carro de apoio”.

Thomaz e sua esposa, Débora, durante visita a Santa Cruz. (Foto: Arquivo Pessoal)
Thomaz e sua esposa, Débora, durante visita a Santa Cruz. (Foto: Arquivo Pessoal)

Para Thomaz, um dos pontos altos foi também conhecer um antigo restaurante que já não está mais em funcionamento totalmente feito de sal, assim como se hospedar no hotel também composto por sal.

E, na Bolívia, ele explica que confirmou a amizade e solidariedade existente entre grupos de motociclistas. Integrando conversas com outros motociclistas da América Latina, ele narra que desde apoio para conseguir abastecer até pedidos de ajuda sobre roteiros, tudo é apoiado.

“Nesse momento, a gente viu como realmente o motociclismo tem essa solidariedade e você precisa dela quando está na estrada”, diz Thomaz.

Com os passeios realizados e as fotos garantidas, o grupo seguiu para o Chile, permanecendo por lá entre os dias 5 e 9 de outubro. “Nós passamos por Antofagasta e San Pedro do Atacama”.

Visitando o segundo deserto da viagem, o empresário explica que lidar com a altitude foi uma das dificuldades. “Você precisa subir as escadas lentamente porque caso contrário passa mal, então tivemos que ter paciência”, diz.

Ao passar pelas mais diversas paisagens, ela detalha que as horas enfrentadas pelos longos quilômetros na estrada não foram nem percebidas muitas vezes. “A gente vai indo, vendo aquelas montanhas, nenhuma árvore por perto e fica só admirando. Demora bastante, mas você fica apaixonado”.

Ao todo, nove veículos foram usados na viagem, contando com o carro de apoio. (Foto: Arquivo pessoal)
Ao todo, nove veículos foram usados na viagem, contando com o carro de apoio. (Foto: Arquivo pessoal)
Débora e Thomaz aproveitando a viagem para garantir os tradicionais registros. (Foto: Arquivo pessoal)
Débora e Thomaz aproveitando a viagem para garantir os tradicionais registros. (Foto: Arquivo pessoal)

Após o período no Chile, o grupo voltou para a estrada em direção à Argentina, passando por Paso de Jama e Jujuy nos dias 10 e 11 de outubro. Por último, o retorno ao Brasil se aproximou ainda mais seguindo em direção ao Paraguai entre os dias 11 e 13.

Para estruturar bem a viagem, Thomaz comenta que o grupo fez reservas em hotéis para pernoitar e conseguir descansar. Além disso, outro ponto importante era sempre manter as motos abastecidas.

Relacionado à alimentação, até churrasco feito nas motos também entrou na viagem. “Em alguns dias, a gente não tinha como parar em restaurante, então fizemos as carnes e colocamos próximo ao motor. Depois de algumas horas, a gente parava em algum ponto para comer”.

E, além de se encantar pela viagem, ele narra que é importante se preparar para a jornada. “Passamos muitas vezes por acordar com 1 ºC e, de tarde, depois de estar na estrada, chegar a 40 ºC. É uma mudança muito forte”.

Grupo de amigos durante parada em restaurante de sal desativado. (Foto: Arquivo pessoal)
Grupo de amigos durante parada em restaurante de sal desativado. (Foto: Arquivo pessoal)

Outro ponto comentado por ele é de que imprevistos acontecem e é necessário estar atento a eles. “Um dos nossos amigos passou mal do pulmão. Minha esposa e a esposa dele são médicas, então conseguimos ter esse cuidado e compramos oxigênio. Como tínhamos o carro de apoio, também deu certo para ele descansar e, ao fim, conseguiu voltar para a moto”, comenta.

De acordo com Thomaz, ter um veículo de apoio foi um dos pontos importantes, já que qualquer imprevisto na rota poderia ser auxiliado.

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