Do folião ao ambulante, desfile em abril é chance de curtir 2° Carnaval do ano
Primeira noite de desfiles terá 3 escolas na Passarela do Samba
Do folião ao vendedor ambulante que aproveita os desfiles das escolas de samba para lucrar o que não falta é animação, diante do retorno do espetáculo após um ano de suspensão por conta da pandemia da covid-19.
O vendedor de espetinhos Daniel Rodrigues da Silva, de 65 anos, chegou cedo à Praça do Papa para garantir o melhor lugar. O movimento neste primeiro dia de desfiles, começou fraco, mas ele espera que a situação melhore conforme o fim de semana vai se aproximando.
"Gosto de beber água limpa", ele brinca. "Cheguei aqui às 12h para garantir um bom lugar. Se eu chegasse mais tarde ia ficar bem longe da praça. Já trabalhei em festa junina e em outros eventos, mas em Carnaval está sendo a primeira vez. Já a comerciante Deisy Mendes, de 55 anos, é experiente no comércio informal e também espera conseguir um dinheiro extra para pagar as contas no final do mês.
"Trabalho há muitos anos com o Carnaval. Já vendi comida, cuidei de carro e nesse ano tô vendendo cachorro quente. Estou torcendo pra ficar mais movimentado nas outras noites porque a gente precisa da renda", comenta.
Já a pensionista Tania de Arruda, de 60 anos, foi acompanhar os desfiles para se divertir. Antes mesmo dos carros entrarem na avenida ela já estava animada, dançando na arquibancada.
"É a primeira vez que venho acompanhar os desfiles e estou ansiosa. Minha neta vai desfilar pela Herdeiros do Samba, então vim prestigiar e quero vir todos os dias, ficar até o fim. Como ficamos sem Carnaval no ano passado, nesse ano vai ser bom", comenta.
Marcada para às 19h a abertura do primeiro dia de desfiles das escolas de samba da Capital, aconteceu com uma hora de atraso, às 20h. Os primeiros a se apresentarem foram os Herdeiros do Samba com o samba-enredo "O Negro que com sua Sapatilha Voa". Na sequência, desfilam as escolas Cinderela Tradição do José Abrão (Cinderelas que brilham. A força do empoderamento feminino) e Unidos do Aero Rancho (Braços são aços, rodas coração, direito e inclusão).
Presidente da Lienca (Liga das Entidades Carnavalescas de Campo Grande), Alan Catharinelli, lembra das adaptações que o evento teve de sofrer por conta da pandemia da covid-19. O número de componentes, que antes era de até 600 pessoas precisou ser reduzido para no máximo 150. Cada escola tem no máximo 50 minutos de apresentação e a passarela do samba também diminuiu.
"Estamos felizes demais com o retorno. Depois de um ano sem carnaval estamos voltando com adaptações, mas muito felizes e com muita saudade do público", conclui.
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