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Diversão

É praticamente o fim do Carnaval em clubes, Estoril e União cancelam bailes

Ângela Kempfer | 31/01/2013 14:46
Clube no ano passado, praticamente vazio.
Clube no ano passado, praticamente vazio.

Vai ter muito carnaval alternativo em Campo Grande, com rock, música gospel, pagode, mas o tradicional mesmo, em clubes, está prestes a acabar. Os dois únicos resistentes na folia tiveram tanto prejuízo no ano passado que em 2013 resolveram cancelar a maior parte dos bailes noturnos.

No União dos Sargentos, faltando uma semana para a festa, a diretoria só sabe que no dia 9, principal noite de carnaval, o salão terá festa flashback e o dia 10 será de sertanejo. “Ainda estamos vendo uma parceira para, pelo menos, na segunda fazer uma noite de carnaval mesmo e na terça a matinê, mas com DJ”, diz o presidente do clube.

Amilton Pinheiro justifica: “o valor cobrado pelas bandas é muito alto e o público é muito pequeno. Só temos prejuízo”. Na avaliação do presidente, o Carnaval de rua tem tirado os foliões dos clubes. “Lá é de graça”, completa.

O Estoril terceirizou a festa e agora só vai promover dois bailes menores, na lanchonete, com marchinhas no sábado e na segunda. Também haverá duas matinês, domingo e terça-feira, porque a criançada é mais fiel.

“Cada titulo em dia terá direito a 5 cortesias que são intransferíveis e será obrigatório a apresentação da carteirinha do associado”, explica comunicado aos sócios. No ano passado, o espaço era maior para os adultos, no salão principal, com as 4 noites tradicionais.

Responsável pelo Libanês, Ruth Ribeiro, 65 anos, lembra que há 13 anos administra o clube sem Carnaval. “Sou da época das marchinhas e agora até rock tem no carnaval, isso é um absurdo, nenhum clube promover a festa, nem o União, que teve um dos mais famosos carnavais da cidade”.

Realmente, é triste fazer a cobertura jornalística do Carnaval em clubes de Campo Grande, praticamente vazios.

Cordão Valú tem arrastado muita gente para a rua.
Cordão Valú tem arrastado muita gente para a rua.

Popular - A contar pelo sucesso do Cordão Valú, que nos pré-carnavais já tem lotado rua da Esplanada Ferroviária, a analise do presidente do União sobre Campo Grande confere.

Há dois anos, cerca de 400 pessoas acompanhavam o bloco. Em 2013 são esperadas mais de mil. È tanta animação que cinco novos blocos não oficiais também vão desfilar em Campo Grande este ano.

“Acho que faltava liberdade para as pessoas”, avalia a responsável pelo Cordão Valú, Silvana. Além do ar livre, o repertório é outra vantagem, na percepção dela.

“Os clubes também só tocam axé. Nos blocos, são marchinhas, samba. O carnaval de rua é muito mais espontâneo, as pessoas se fantasiam, se divertem”.

Na 14 de Julho, o dono de uma loja de variedades, Leandro Chen diz nem ter investido muito nas fantasias. “Aqui parece que nunca é carnaval”.

Tomara que este ano, nas ruas, ele perceba que está errado.

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