Em dia de independência, orgulho boliviano toma conta de praça

A Praça do Rádio Clube em Campo Grande foi transformada em uma verdadeira festa boliviana neste domingo (6), em comemoração aos 198 anos da independência do país. Com uma programação repleta de apresentações culturais, comidas típicas e artesanato, a feira da independência busca celebrar e enaltecer a rica cultura boliviana.

Com entrada gratuita, o evento começou às 8h com o hino da Bolívia e o hasteamento da bandeira e vai até às 15h. Também haverá apresentações de danças típicas, como cueca, tinkus, pujllay, dança cigana, do ventre, japonesa e show musical. Ao todo, 200 expositores estarão presentes no local, com artesanatos, bebidas regionais e comidas.

A festa é uma oportunidade de mergulhar na cultura boliviana e de celebrar a diversidade cultural presente em Campo Grande. Além disso, esta edição comemora os 198 anos de proclamação da independência da Bolívia, que marca o fim do domínio espanhol na América Hispânica.

Na ocasião, Simón Bolívar, reconhecido como o Libertador da América, assumiu o cargo de primeiro presidente da nação. Anteriormente conhecida como Alto Peru, a Bolívia era uma dependência do vice-reinado do Rio da Prata desde 1776.

Cultura e sabor - O evento é um verdadeiro encontro de culturas, contando com a participação de imigrantes, descendentes e familiares de bolivianos, que compartilham seus sabores e talentos artesanais com o público presente.

Entre os expositores, está Tania Aparecida Heredita, uma brasileira que encontrou no amor a conexão com a cultura boliviana. Ao Lado B, Tania relata que viveu na Bolívia ao lado de seu marido boliviano antes de retornar ao Brasil.

Desde então, ela busca disseminar a rica cultura do país vizinho através da culinária. Em sua barraca durante o evento, Tania oferece iguarias que enchem o paladar de satisfação: guizo de carne por R$ 25 e locro de pollo, uma deliciosa sopa de frango com arroz, por R$ 15.

Ao compartilhar seu entusiasmo pela feira, Tania enfatiza a importância de persistir nessa iniciativa cultural. "Viemos ano passado e este ano estamos aqui novamente. Ainda existe sim preconceito, mas esse aqui também é o momento de mostrarmos como temos muita coisa boa. Temos comida, artesanato, tanta variedade."

Considerada um símbolo, a saltenha boliviana também pode ser encontrada na feira. Uma das barracas é a Saltenharia Dona Luísa, atualmente gerenciada por Darman Glores Padilha, irmão da falecida idealizadora da feira da Praça Bolívia, Ingra Padilha.

De acordo com Darman, a saltenharia é uma tradição de família, que ele leva com orgulho. “Trabalho com as saltenhas há quase 9 anos e vou continuar com o trabalho da Ingra até morrer. É minha missão de vida, tenho orgulho", afirma.

No menu do evento, as bebidas também estão inclusas. Na barraca de Darman, são vendidas bebidas típicas da Bolívia, como o suco de amendoim e o mocochinchi, uma bebida feita com pêssegos descascados e desidratados.

Para os apreciadores de cervejas, a barraca do maranhense Jackson Almeida é uma opção. Desde que se casou com uma boliviana, Jackson se viu completamente apaixonado pela culinária do país de sua esposa.

Durante o evento, ele e sua esposa estarão vendendo cerveja boliviana e sonso, um pastel de mandioca com queijo, que é parte do café da manhã boliviano. "A gente resolveu trazer a cerveja porque já trabalhamos com ela há muitos anos, e o sonso é uma delícia que não pode faltar. Quem vier aqui vai poder aproveitar tanto essa parte de alimento de cedo quanto almoço com as outras barracas", convidou Jackson.

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