Festival de Tatuagem começa com concurso de miss tattoo e suspensão corporal
Evento segue até domingo, no Clube Estoril, e quem deseja ser tela tem que correr pra conversar com os tatuadores
Alguns dos melhores profissionais da cidade já estão a postos no Clube Estoril para o 2º Campo Grande Tattoo Fest. O evento rola até dia 18, com ainda mais expectativa de público e número de expositores que o primeiro, o que obrigou os organizadores a mudarem de endereço.
Na estreia do evento, no ano passado no Tênis Clube, 35 estandes foram comprados por tatuadores daqui e de fora do Estado. Agora, são 61 profissionais. "A gente vê que existe esse tipo de festival por todo o País. E essa procura prova que a galera gosta sim de arte corporal e carece disso", explica Jacó Mariani, organizador do evento.
Para garantir a segunda edição, ele diz que enfrentou todas as dificuldades de falta de ajuda do poder público. Mas junto dos irmãos André Mariani e Eduardo Mariani, do Dharma Tattoo, ele conseguiu organizar o festival.
A grande novidade deste ano é o concurso de Miss Tattoo. "Ele não tem muitas regras. As inscritas podiam ter um tatuagem ou ter o corpo todo fechado em arte. O que vale é a atitude na hora da apresentação. Tivemos 25 inscrições", diz. Dentre os prêmios, o principal é uma tatuagem no valor de mil reais, feita pelo próprio Jacó.
Na programação, Zombie Punk é uma das pessoas mais modificadas que estará no evento, passeando e tirando fotos com o público. Consagrado nesse universo, ele tem tatuagem no rosto, língua bifurcada, alargador no nariz, peircings e 40% do corpo modificado por tatuagens.
A suspensão corporal é um dos momentos mais esperados do evento e acontece esse ano novamente. É um "show" de resistência humana, que usa ganchos passados através de perfurações na pele para suspender pessoas no ar. "Como a suspensão exige preparação anterior, fomos nós, os organizadores, quem convidamos os participantes dessa edição. Mais uma vez, são os Diabos Mutantes que conduzem esse momento".
Além disso, shows musicais completam o evento, que conta com praça de alimentação na parte externa, com food trucks, e com restaurante dentro do clube.
O concurso de tatuagens premia categorias como série de desenhos colorido, preto e branco, pintura em tela, fechamento, black work, comics e até a melhor do evento. Os jurados são todos convidados de fora de Mato Grosso do Sul e, segundo Jacó, eles têm experiência de trabalho na maioria das categorias. São eles: o gaúcho Eduardo Reis, o Foca, de Guarujá, Fabrício Galdino, também do Guarujá e Tiqueno, de Ribeirão Preto, que foi premiado com a melhor tatuagem do Tatto Week no Rio de Janeiro.
"Os jurados também estarão tatuando aqui. Rola discutir valores ali mesmo, antes de mandar a arte. Foi estipulado o preço mínimo de R$ 70 por tattoo dentro do evento", completa Jacó.
No ano passado, Jacó diz que conseguiu notar uma preferência do pessoal pelos estilos realistas, Preto e Cinza e Neo Trad. Após cada edição, é feita uma espécie de levantamento sobre tendências e estilos mais procurados.
De Campo Grande, sete estúdios particiapam do festival, com destaque para o realismo do tatuador Kallel. De fora, Jacó diz que os trabalhos de Jorge Lange e Francisco Clodemar têm sido premiados e devem chamar atenção também em 2018.
Todos podem pagar meia entrada desde que levem um quilo de alimento não perecível para ser doado ao Lar dos Idosos e para a Afrangel. Para cada dia, a meia custa R$ 20 e a inteira R$ 40, há a opção de pagar o passaporte para os três dias de evento, que sai a R$ 50 (meia) e a R$ 100 (inteira). Para saber mais acesse o link do festival aqui.
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