Geraldo Espíndola e Márcio de Camillo lançam “A Terra e uma Canção”

“A Terra e Uma Canção é uma forma do ser humano prestar atenção na linguagem da natureza”. Assim, Márcio de Camillo define a canção que será lançada no próximo sábado (23), às 20h, no Moinho Cultural, em Corumbá.

A canção, que será lançada oficialmente durante o show, marca o início de uma parceria, até então, inédita: Márcio de Camillo e Geraldo Espíndola. Haverá, ainda, a participação da OCAMP (Orquestra de Câmara do Pantanal) e da Cia de Dança do Pantanal.

Geraldo Espíndola conta que a ideia de fazer uma parceria com Márcio de Camillo era antiga e, neste ano, se tornou realidade. “Coincidiu este ano ele me mandar essa letra. Segundo ele, conhecida como a Arte Poética, as ‘Décimas de Camões’. São 10 versos numa parte e 10 versos na outra. Consegui construir a melodia para aquela letra dele. Esse resultado temos trabalhado legal. Acho que ficou uma boa canção, dedicada a esse planeta tão agredido por todos nós. O planeta está em evolução o tempo inteiro”, relembra.

Já Márcio de Camillo explica como foi o processo criativo por trás da canção “Eu olho o compositor como um poeta. Eu sou um artista que sempre estou dialogando poesia, musiquei Crianceiras, do Manoel de Barros. E, nesse trabalho, sou eu como poeta. Estamos lançando na Primavera, pois é a fase do renascimento. A primavera mostra toda a beleza, a força da natureza. A mensagem é de renovação e de que estamos iniciando um novo ciclo”, detalha o músico.

O show, intitulado ‘Música Poética', enfatiza o trabalho dos dois compositores conterrâneos. Ambos, compositores da moderna música sul-mato-grossense, criaram seus próprios caminhos, descobriram novos universos e, agora, presenteiam o público com parcerias musicais e poéticas, com influências sonoras que vêm desde a música de raiz, até os gêneros mais universais como o pop, o blues, o jazz e a MPB.

No show, serão interpretadas 14 canções, incluindo grandes sucessos, como ‘Me Deixar Levar’, ‘Quiquio’, ‘É necessário’ e ‘Vida Cigana’, por exemplo. A OCAMP vai participar de todas as canções.

Para a diretora-executiva do Moinho Cultural, Márcia Rolon, abrir as portas do Moinho Cultural para o show tem o peso de um renascimento. “É um momento de encontro com os grandes artistas, como um ato de amor e renascimento com a Primavera. Trazer música e poesia como esperança. Temos vivido na pele as consequências das mudanças climáticas e, no dia em que começa a primavera, temos mais uma chance de refletir sobre nossas atitudes e nos empenharmos para a conservação do Pantanal e do Planeta”, afirma.

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