Grupo Corpo lota teatro Glauce Rocha na 1ª apresentação em Campo Grande
Companhia de dança trouxe os espetáculos "Gira" e "Primavera" para o público voltar ao teatro pela dança
O Teatro Glauce Rocha recebeu a primeira apresentação do Grupo Corpo (MG), em Campo Grande. Com a casa lotada, os 18 bailarinos realizaram duas apresentações na noite de ontem (23). A primeira performance, intitulada "Gira", trouxe movimentos inspirados nos ritos da Umbanda, enquanto a segunda, nomeada “Primavera”, falou de recomeço.
A primeira parte da apresentação trouxe ao público campo-grandense o universo das religiões afro-brasileiras, com temas musicais compostos pela banda de jazz Metá Metá. Os passos dos bailarinos transmitiram os movimentos dos ritos das celebrações do Candomblé e da Umbanda, especificamente, as giras de Exu.
O segundo ato ocorreu com a trilha sonora da dupla Palavra Cantada. Os artistas adaptaram 14 canções de diferentes estilos, desde jazz a percussão afro. Na Primavera, os duos, trios e quartetos dançaram em conjunto, porém sem se tocarem. Os dois espetáculos seguem a coreografia de Rodrigo Pederneiras, que não acompanhou o grupo na passagem pela Capital.
Plateia - O público, composto por jovens e adultos, prestigiou o evento que começou por volta das 20h e terminou às 22h. Como as normas da organização da companhia de dança contemporânea proíbem gravações e filmagens, a plateia ficou de olhos vidrados no palco do começo ao fim do show.
Entre os presentes, estavam o casal Edna Bazachi, 55 anos, e Gerson Canhete, que celebraram a oportunidade de retomar os programas culturais. Edna comenta que não conhecia o grupo e que achou a atração fascinante. “É a primeira vez que estamos vindo após a pandemia, não conhecíamos eles. Foi maravilhoso, de uma leveza as dançarinas, foi espetacular", afirmou.
Luciano Chaves, 41 anos, já tinha acompanhado outro espetáculo da companhia durante passagem por Goiás. “Eu adoro tudo que é arte, vi eles uma vez em Goiânia, os acho fantástico. A outra apresentação era mais dinâmica, hoje, achei mais clean e leve”, fala.
Laura Machado, 27 anos, costumava acompanhar apresentações culturais no teatro Glauce Rocha. Ela fala que o festival é uma oportunidade para retomar o antigo hábito de lazer. “Fazia tempo que eu não assistia nada de dança contemporânea e agora, comecei a acompanhar os eventos por causa do festival”, conta.
A produtora do Grupo Corpo, Michelle Deslandes, ressaltou que a ideia das apresentações, principalmente, a do espetáculo Primavera, é criar leveza. “É incrível estar em Campo Grande, ficamos felizes com esse teatro lotado na primeira vez que trazemos o Gira e Primavera. Estávamos vivendo um período muito difícil, pesado, sufocante e queríamos trazer a leveza, a cor, a alegria de volta”, finaliza.
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