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Diversão

Há 2 anos, projeto lota praça com turma que vive arte e hip hop

Desde 2022, Batalha da Leste une jovens, MC's e pessoas que acompanham as disputas de rimas

Por Jéssica Fernandes | 09/03/2024 07:46
Participantes da Batalha da Leste na quadra da Praça do Preto Velho. (Foto: Arquivo pessoal)
Participantes da Batalha da Leste na quadra da Praça do Preto Velho. (Foto: Arquivo pessoal)

Toda semana a Praça do Preto Velho reúne uma garotada que vê no hip hop uma forma de viver a arte. O que une a turma, composta por pessoas de diferentes idades e lugares, é a BDL (Batalha da Leste). Desde 2022, o projeto promove encontros culturais no local com o objetivo de mostrar à população como são as batalhas de rima e poesia.

Idealizado por MC Corvalan (João Fililipi), MC Cebolinha e MC Moranguinho (Gabriela Martins), a BDL começou pequena e de forma simples. Uma dezena de Mc's e uma pequena caixa de som Bluetooth deram início ao projeto, que tomou conta da quadra da praça e conquistou gente o suficiente para prestigiar e participar de 48 edições.

Em 2024, a BDL ganhou mais um colaborador de peso: CJ. Artista de rua, ele é responsável por organizar outras batalhas em Campo Grande e é com essa experiência que chegou para somar com a BDL. O compositor e poeta fala a respeito do projeto que leva cultura à Praça do Preto Velho.

Público acompanhando uma das edições do evento cultural. (Foto: Izadora Cruz)
Público acompanhando uma das edições do evento cultural. (Foto: Izadora Cruz)

“O projeto foi idealizado com a intenção de aproximar a população dos bairros dessa região com as batalhas de rima e poesia, uma vez que no ano de sua criação não havia movimentos culturais ativos no local”, diz.

Nos últimos dois anos, a Batalha da Leste revelou mais de 10 MC’s,  poetas e poetisas da cidade para o local que é visto como ‘seguro de fala e arte’. Além disso, o movimento sediou seletivas estaduais de rima e trouxe mais de 8 MC's do interior do Estado e dois convidados de Mato grosso para a Praça do Preto Velho.

O espaço público, que é palco dos encontros, não foi uma escolha aleatória da organização. Após o fim da pandemia, o movimento de batalhas de MCs retornou e na época eram realizados em regiões centrais da Capital.

MC's durante uma das batalhas de rima do projeto. (Foto: Izadora Cruz)
MC's durante uma das batalhas de rima do projeto. (Foto: Izadora Cruz)

A distância era um desafio para quem queria participar ou acompanhar as edições, por isso, a BDL veio para facilitar esse acesso. “Já que a área central nem sempre atinge a mesma distância comparada às zonas periféricas da cidade nasce a ideia de uma batalha que acessa e contempla a região leste”, explica CJ.

Apesar da distância não ser mais um problema, a organização enfrenta outros desafios para manter o projeto firme. “Todas as semanas, as batalhas não são só de rima, mas de paciência, expertise e resiliência, uma vez que a falta de apoio e subsídios, junto a opressão e desvalorização da arte urbana são desafios frequentes para essa organização independente”, fala o produtor cultural.

Mesmo assim, todo domingo, das 17h às 21h, essa galera se junta para participar das batalhas que mostram toda a criatividade dos MC’s na hora de improvisar rimas. Se um dia a Praça do Preto Velho vivia vazia de cultura e de gente, o projeto é o responsável por mudar o cenário local.

O retorno dessa turma não é em dinheiro, mas em algo que no fim vale mais. “O pagamento desse ato filantrópico se dá no exercício da ferramenta sócio educativa que é o hip-hop e o impacto positivo é imensurável”, conclui CJ.

Aniversário da BDL - Para celebrar os dois anos de história, o projeto organiza uma edição especial no dia 17 de março na Praça do Preto Velho, no Bairro Jardim Paulista. Nesta edição, a organização traz um formato diferente e inédito.

A batalha de rimas conta com 40 artistas divididos em oito equipes que irão batalhar no formato cinco versus cinco. Serão MCs da Capital, convidados do interior e de Mato Grosso. Para completar a festa, os DJ’s TGB e Lady Afro, a artista Suburbia e slam do coletivo Plural estão entre os convidados.

Além da batalha de rimas será realizada a de tag’s com a presença de grafiteiros do interior do Estado. O evento também traz circuito de skate, feira artística com marcas de moda autoral sul-mato-grossense, lojas de streetwear, casa de tintas, material para grafite, headshop e tabacaria, brechó, área kids alimentos diversos e bebidas.

O aniversário da BDL acontece no dia  17 de março, das 16h às 22h.O evento é livre para todos os públicos e gratuito.

O Instagram do projeto é @bdlestecg 

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