Há 50 anos, família Oliveira reúne 200 parentes em dia de Natal
Eles ainda revelaram o segredo para manter tanta gente unida sem brigas
É preciso deixar de lado qualquer desentendimento para reunir cinco gerações para um encontro familiar de Natal. Neste domingo (25), mais de 200 pessoas da família Oliveira se reuniram para o tradicional reencontro que acontece anualmente. Aliás, há cinco décadas.
A abertura do evento teve agradecimentos e uma missa ministrada pelo padre que faz parte da segunda geração da família. A festa começou em 1971 despretensiosamente. Somente em dois anos o encontro não aconteceu, por causa da pandemia.
Integrante da segunda geração, Régis Fernando de Oliveira, de 54 anos, até brinca com a situação. "Divergências sempre tem, mas elas vão até o dia 24, hoje [Natal] é dia da família Oliveira, dos meus avós. No dia seguinte, volta tudo normal. Senão a gente não se reúne", explica.
A primeira geração dos Oliveiras são entre 11 irmãos, vivos apenas 5. Cada ano, um deles fica responsável por organizar o reencontro e, caso o integrante tenha falecido, quem dá a continuidade é o herdeiro.
Da primeira geração, a mais velha é a Lázara de Oliveira, de 94 anos. Lúcida e bem-humorada, ela diz que o segredo para chegar tão longe é "não morrer nova", ri. E quando o assunto é saudade, ela cita o esposo, que morreu há 8 anos.
Os Oliveiras formam uma família de pessoas emocionadas e brincalhonas. Da segunda geração, Antônio Lino Pereira Neto, de 66 anos, não conteve as lágrimas ao comentar sobre as cartas que fizeram parte da decoração da festa. Elas foram escritas pela sua mãe em 1952. E não adianta pedir, ele não vende e não empresta. Além disso, outros itens antigos fizeram parte da decoração, cada um levou um item que foi usado pelas gerações.
No evento, Antônio Lino foi o responsável por ler um texto que contava um pouco do histórico da família. Emocionado, ele falou sobre a felicidade em reunir a família por tanto tempo, já que no momento da dor ela é quem sustenta tudo.
"Minha mãe faleceu quando eu tinha 3 anos, você imagina o que é a vida sem mãe? É não tê-la para te acalentar, te acarinhar. Por isso, esse encontro anual é importante para mim", finalizou Antônio.
Com missa, churrasco, bingo, troca de presentes e muitos abraços, a família contabiliza hoje mais de 240 familiares e torce para que o número aumente, porque amor de família nunca é demais.
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