Há dois anos, cultura uniu bairro e tirou artesã da depressão
Participantes narram que a feira do bairro se tornou tradição para os vizinhos durante o 1º sábado do mês
Há dois anos, quando encontrou no artesanato um suporte para sair da depressão, Ana Cláudia Pelissari Cornejo não imaginava que a ação se transformaria na feira do bairro Coopharádio. Desde então, o evento não só ajudou a ela mesma, como também uniu a região e transformou o 1º sábado do mês em tradição.
Localizada entre as ruas Caldas Aulete, Clorita e Assunção, foi a Praça V que se tornou a sede da feirinha cultural. Comemorando os 24 meses de execução, Ana, que se mantém como uma das organizadoras, explica como sua própria narrativa mudou desde então.
“Tudo começou quando eu estava passando por um momento difícil de depressão. Comecei a fazer os artesanatos, mas não tinha saída, não conseguia saber o que fazer com eles. Uma amiga participava de feiras, mas comentou que estava parada. Foi aí que resolvi assumir”, explica Ana.
Inicialmente, a organizadora convidou alguns poucos participantes para integrar o time de expositores e dar início ao projeto. “As pessoas aceitaram e começamos a vender os produtos aqui. Mas, conforme o tempo passou, fiquei sonhando que daria para fazer mais”, diz a organizadora.
Abrindo espaço para outros integrantes, ela conta que atividades culturais também começaram a ser realizadas. “A gente costuma receber apresentações variadas aqui para ficar completo. Então, além de poder comprar as coisas, as pessoas ainda aproveitam o tempo”.
Expositora desde o início, Maria Coelho de Queiroz conta que a feira conseguiu unir o bairro. “A gente não se via muito, mas tendo a feira, as pessoas conversam mais. Acho que era uma coisa que precisava ter e é importante que continue”.
No ramo das feiras com produtos alimentícios há anos, Maria comenta que muitas famílias também têm sido ajudadas desde a criação do evento. “Eu mesma sempre trabalhei em feira e sei como é importante ter um espaço. Você pode ver que aqui são famílias que se envolvem”, diz.
Compartilhando das opiniões de Maria, Matheus Echeverria Pereira conta que ele mesmo passou a integrar a feira há alguns meses e já sentiu a importância. Trabalhando com venda de tábuas de madeira, o participante comenta que os moradores do bairro, como sua mãe agora têm mais opções de lazer.
“Eu comecei o trabalho com as tábuas como uma brincadeira, sem querer. Vimos pedaços de madeira que não tinham uso e começamos a transformar em tábuas. Vendo que tinha bastante opção, a gente resolveu começar a vender”, explica Matheus.
Diferente de outras feiras, ele comenta que a do bairro foi acolhedora e, ao invés de longos meses de espera, garantiu que mais uma pessoa se somasse ao time.
Realizada no primeiro sábado de cada mês, a feira da Coopharádio ocorre sempre a partir das 16h na Praça V, localizada entre as ruas Caldas Aulete, Clorita e Assunção.
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