Morro do Ernesto ganha cadeira adaptada para levar ao pôr do sol
Projeto foi pensado para possibilitar que pessoas com deficiência também possam fazer trilhas
O Morro do Ernesto agora tem uma cadeira adaptada que ajuda pessoas com deficiência a subir a montanha. “Julietti” vem de São Paulo e foi desenhada para ajudar essas pessoas na hora de fazer trilhas. “Existe uma demanda altíssima. E vai ser completamente gratuito, tanto para a pessoa com deficiência quanto para o acompanhante”, detalha o idealizador do projeto Gilberto Gomes Barbosa.
O local onde a cadeira será disponibilizada é a fazenda Córrego Limpo, na região do Inferninho, a aproximadamente 25 quilômetros da Capital. Gilberto conta que já levou algumas pessoas com deficiência morro acima. “Era sempre de carro. Uma vez, levei no braço mesmo. Com a cadeira Julietti, vai ser a primeira vez”, afirma.
A cadeira é adaptada de tal maneira que duas pessoas a guiem, uma puxando e outra empurrando. Um diferencial, é a roda única e a estrutura vertical que facilita com que ela fique estabilizada no chão.
“Para essa primeira subida, vão ser quatro voluntários. Foi bem seleto, porque haja braço e perna pra subir”, se diverte. “Mais pra frente vamos abrir um formulário on-line para mais voluntários, que vão receber todo treinamento”, detalha.
A ideia de trazer a cadeira para o Morro foi do Gilberto, mas quem financiou tudo foram os donos da propriedade, Nelson e Gustavo Prioli. “Eles abraçaram o projeto e adquiriram uma cadeira, foi uma surpresa muito agradável”, expressa.
A estreia da Julietti está prevista para o dia 30 de outubro. Quem vai subir é Dahiana Milagros Gaona Fleitas, de 16 anos, que inclusive foi quem já subiu em outras vezes junto com Gilberto.
"Ela já subiu outra vez e foi ela quem abriu o coração do Seu Nilson", brinca. "Quando ela estava lá em cima, ela agradeceu Seu Nilson por ter visto a paisagem e se emocionou bastante. Ela quem vai abrir as portas para o projeto", comenta. A partir de então, os interessados devem entrar em contato com Gilberto para agendar a subida.
A cadeira é fruto da história de amor do casal paulista Guilherme Simões e Juliana Tozzi. Após um câncer de mama e o diagnóstico de uma síndrome neurológica rara enquanto estava grávida, Juliana ficou com os movimentos limitados.
Mas os dois são apaixonados por viagens. Com a nova circunstância de Juliana, voltar a fazer trilha parecia inviável. Mas então, Guilherme prometeu à Juliana que, enquanto ela quisesse, ele continuaria levando-a para explorar a natureza. Assim, Guilherme criou a cadeira que já tomou proporções maiores que as imaginadas pelo casal, resultando em cadeiras que já circulam em vários locais do Brasil.
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