Mudança de local diminui público, mas fãs do estilo fazem Rock no Porão vingar
Mesmo com toda a confusão que transformou o "Rock na Rodô" em "Rock no Porão", os roqueiros foram prestigiar o evento, que por volta das 19h já tinha reunido mais de 200 pessoas. Para o organizador da festa, João Alves Ribeiro, de 25 anos, a mudança de local diminuiu um pouco a quantidade de público, mas o importante é que o show não parou e vai continuar nos próximos três domingos.
A vista do porão é bem diferente do horizonte que quem frequenta as festa na "Rodô" está acostumado, mas a mudança de local deixou a turma que gosta do estilo ainda mais unida, dispostos a fazer o rock de Campo Grande acontecer, seja onde for.
O "Rock na Rodô" surgiu como uma alternativa ao extinto "Rock no Horto", uma maneira de protestar com o fim dos shows no Horto Florestal. Porém os lojistas da Antiga Rodoviária não gostaram muito da ideia e fizeram um abaixo-assinado para impedir que o evento fosse lá. O boicote pegou de surpresa a organização, que correu para arrumar um local substituto a tempo da realização da festa e conseguiram. A saída foi alugar o porão do Bar Fly, no bairro Chácara Cachoeira.
As festas organizadas por João Alves, proprietário de um estúdio de música, são uma via de mão dupla, além de dar espaço para bandas que tem dificuldade de encontrar um lugar para tocar em Campo Grande, também contempla quem quer uma opção de rock em um horário alternativo, já que são realizadas no domingo à tarde. O primeiro dia do “festival”, que irá apresentar mais de 20 bandas foi, dedicada ao metal.
O "Rock no Porão" também é a oportunidade de menores de 18 anos poderem curtir um som que eles gostam. Como as casa noturnas geralmente barram por conta da idade, o projeto que tocava no Horto era a opção que eles tinham.
“É muito bom, não pode parar não. Já acabaram com o Rock no Horto, tiraram o rock da Rodô, se acabar aqui, pra onde a gente vai? Lá era melhor, mas aqui está ótimo também”, comenta Brenda Gabriele Gonçalves Bastos de 16 anos.
Ela e a amiga Bruna Martins de 15 veem no evento uma alternativa para curtirem as bandas que gostam. “Não tem que acabar! É a nossa opção para se divertir”, completa. A festa reuniu pessoas de todas as idades.
“A gente tem que tentar enxergar o ponto positivo, parece que depois do ocorrido na rodoviária, a galera do rock da mais unida! Tem muita gente apoiando para o evento não acabar. Eu não desisti de fazer festas na rodoviária, nós vamos procurar todos os trâmites legais e também ter um diálogo com os comerciantes para entender o porque deles não quererem o evento”, pontuou João.
O ingresso custa R$10,00, mas por R$25,00 você compra o passaporte para todos os dias. Segue o calendário das próximas apresentações.
25 de Janeiro - Metalcore/Post-HC
Bandas
Via Outono
Screaming Fire
En.frente
D.E.C
Alibi in Messiah
1º de fevereiro - Hardcore/Punk
Fuzzy Logic
Atrio
Bizonhentos
Burning Universe
Moinho do Macaco
Discrença
8 de fevereiro - Rock Alternativo e Musica Eletrônica
All In
Dream on
The Fingers
Ciganos da Percepção
DJ Attak77
DJ Andre Garde