Passeio tem só monociclos e vem aí o futebol de pernas de pau
Olhar atento e equilíbrio viram um espetáculo. Na Avenida Afonso Pena, a magia do circo chegou no 1º Passeio Monociclístico. Quem andou sobre uma roda, chamou atenção de quem passava na rua e despertou a curiosidade. O encontro foi organizado pela Companhia de circo Le Chapeau.
"Toda vez que a gente vai andar na rua com um monociclo, as pessoas ficam olhando curiosas e algumas pedem pra gente parar. E como sempre estamos defendendo essa aproximação entre as pessoas e a arte, é bacana poder levar isso para elas aqui na rua e utilizando a ciclovia que é justamente pra isso", descreve o artista Junior Oliveira, de 28 anos.
Qualquer um pode andar, mas precisa paciência até ganhar confiança e equilíbrio. Sem muita técnica, segundo o artista, é preciso vontade. "Faz muito bem e é divertido. Talvez a única dificuldade das pessoas é encontrar um monociclo para comprar, o meu é de fora. Mas se alguém tiver, basta vontade e treino", esclarece Junior.
Quem olha de longe sente vontade, mas não arrisca por medo. Foi o caso de Maria, de 7 anos e Gustavo, de 11, que estiveram no passeio acompanhados do tio Beto Bonfim, de 43 anos. "Acho que é uma oportunidade de fazer algo diferente. Quando é que eles iriam ver um pouco disso na televisão fechada? Hoje, o tempo todo ficam no celular e na TV, acho que muda um pouco a rotina. Eles ficam com medo de tentar, mas acabam se divertindo", explica o tio.
Enquanto sorriem para quem se arrisca no equilíbrio, as crianças aproveitam para fazer fotos no passeio que começou tímido no Relógio da 14.
Quem tinha o monociclo seguiu pedalando até a Praça do Rádio Clube. "É um passeio curto e longo ao mesmo tempo, porque vamos treinando. E a ideia é sair combinando as próximas atividades envolvendo o circo", justifica Junior.
Teve gente que veio de longe para trazer a experiência. Para o artista Michel Estevam, de 29 anos, que é palhaço e acrobata em uma companhia em Dourados, o passeio encontro foi uma oportunidade de incentivar arte nas ruas.
"É uma maneira de fazer diferente, sempre acreditei que trazer o circo às ruas vem junto daquela magia e encantamento. Mesmo quem não sabe andar, é o brilho nos olhos que conta. Da mesma maneira quando a gente se apresenta e consegue arrancar um sorriso de alguém", acredita.
Moreno Mourão, de 32 anos, sorridente não tem monocíclo, mas é bom nas pernas de pau. "Ainda não aprendi me equilibrar nele. Venho com as pernas de pau, que aprendi quando me apresentei em um espetáculo do Imaginário Maracangalha. Mas também é um jeito de trazer arte, acho que falta essa aproximação. No dia a dia as pessoas não têm muito tempo de conhecer esse universo, aqui a gente pode ter esse tempo", comenta.
E para quem ficou de fora, oportunidade não vai faltar. Segundo a companhia, as próximas atividades incluem um futebol de pernas de pau e também malabarismo. "É divertido e diferente. Essa alegria que é passada pode transformar o dia das pessoas", destaca Junior de Oliveira.
Quem quiser informações de novos eventos, serão divulgados no Facebook do Circo Le Chapeau.