Valu se despede do melhor Carnaval de todos os tempos sem brigas
Cordão Valu e alegria mais que combinam na mesma frase. A banda bota para ferver no último dia de Carnaval em Campo Grande. Para se despedir, mais uma vez as pessoas estão fantasias na Esplanada Ferroviária, com muita cor, confete, serpentina, marchinhas e batuques nesta terça-feira.
A chuva começou cedo, mas o sol apareceu no fim da tarde, acabando com qualquer pretexto para não ir para a rua. Segundo Silvana Valu, a criadora do Cordão, o primeiro dia arrastou cerca de seis mil foliões e hoje vai repetir a dose.
“Eu acho que a gente conseguiu movimentar o Carnaval de rua, trazer as pessoas para brincar como antigamente. Não teve uma briga! Eu encontro muita gente que diz que não gostava de Carnaval e agora vem no Valu. As pessoas vem na paz, trazem as crianças é lindo”, comemora.
O Cordão está crescendo, junto com ele os blocos independentes pegam carona para arrastar as pessoas para a folia. “Está cada vez melhor, com mais estrutura, por conta da arrecadação dos pré-carnavais que proporciona isso. Consequentemente, atrai mais gente”, comenta o engenheiro Tom Oliveira, de 30 anos, do Bloco Língua Preta, que participou de todos os dias de folia.
Esse ano os blocos levaram pessoas para dentro das escolas de samba, uma novidade que deu certo nos pré-carnavais e deve continuar nos próximos anos. Yago Rojs, de 22 anos, saiu de casa para curtir a folia a caráter. “O melhor é o povo! O pessoal que vem é muito animado, o ambiente é tranquilo sem confusão, todo mundo vem para se divertir!”, lembra o cozinheiro.
O amigo, Fábio Barboza, 22, concorda. “É diversão sem confusão, vem bastante família e é muito agradável”, complementa.
E não tem idade para festar. Ana Maria El Daher, de 65 anos, foi curtir com as amigas, a senhora com adereço nos cabelos é só samba no pé para curtir o Carnaval na Capital.
“É o primeiro dia que eu venho com as meninas, a gente tem um grupo e eu acho que tem que continuar é muito bom, a música e é tranquilo”, comenta.
A advogada Aline Oliveira, de 39 anos, e o marido, o italiano Massimo Parisi, resolveram levar a filha para curtir a festa. Chegando lá. a pequena Luiza, de 5 anos, fez amizades com outras crianças e se divertiu com os confetes ao som das marchinhas.
O Valu deve entrar a madrugada com festa na Esplanada Ferroviária, a entrada é franca e pode levar a bebida de casa.