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Faz Bem!

Conheça a jovem que ama tatoo, mas não faz só para poder doar sangue

Paula Velozo, 26 anos, organiza toda sua rotina para fazer as doações justamente nos períodos de menor procura no Hemosul.

Anahi Gurgel | 15/02/2018 17:45
Paula mostra suas carteirinhas de doadora de sangue e de cadastro no Redome. "Me programo para doar o ano inteiro". (Foto: Paula Velozo)
Paula mostra suas carteirinhas de doadora de sangue e de cadastro no Redome. "Me programo para doar o ano inteiro". (Foto: Paula Velozo)

Sabe fazer bem pelo próximo, sem esperar nada em troca? É assim com a médica veterinária Paula Velozo, 26 anos, fascinada por tatuagens, mas que abre mão da "arte na pele" só para não ficar temporariamente impedida de doar sangue. A dedicação é tanta que, anualmente, ela faz todo um planejamento de sua rotina para que consiga ser voluntária justamente nos períodos de feriados prolongados, quando há maior  demanda por sangue nos hospitais.

A jovem é doadora desde os 18 anos, mas intensificou a prática – que ela chama de “compromisso” com a sociedade - quando um grande amigo dela descobriu que tinha leucemia.

“Ele lutou por um ano pela cura. Nesse período, nossa turma ficou bastante engajada, incentivando as doações. Ele faleceu há exatamente 1 ano, neste 14 de fevereiro, e até hoje carrego esse comprometimento em fazer o bem a quem precisa”, descreve ela, que tem tipagem O positivo.

Apesar de seu encantamento por tatuagens, ela não tem e nem pretende fazer uma futuramente. "Sempre que penso em fazer uma, aparece alguém precisando de doação e eu deixo a ideia para depois", diz.

Ela também não adota nenhum outro método no corpo que possa impedí-la, mesmo que por algum tempo, de doar sangue, como micropigmentação na sobrancelha, mais um furo na orelha. 

"Não faço porque esses procedimentos me impedirão de doar sangue por um período. Tatuagem, por exemplo, eu teria que ficar cerca de 1 ano sem doar. Isso é impensável”, define.

Paula registra uma de suas doações de sangue no Hemosul, em Campo Grande. "Me faz muito bem doar". (Foto: Arquivo pessoal).
Paula registra uma de suas doações de sangue no Hemosul, em Campo Grande. "Me faz muito bem doar". (Foto: Arquivo pessoal).

“Quando deixo de doar, não me sinto bem. Fico em falta com alguém, comigo mesma. Dá agonia”, explica, bem-humorada.

E os amigos que não podem doar? Se não tem peso mínimo de 55 quilos, ou qualquer outra restrição, Paula incentiva a pessoa a fazer o registro no Cadastro de Medula Óssea.

A última vez que realizou o procedimento foi no final de janeiro deste ano, previamente já pensando na dificuldade que a Rede Hemosul tem em manter os estoques em dia, especialmente no Carnaval. E já não vê a hora de chegar o meio do ano para a próxima doação.

Apelo- Dias antes do início do Carnaval, o estoque de sangue O negativo já estava zerado na Rede Hemosul em todo estado, o que levou a entidade a intensificar as campanhas para doações. São necessárias pelo menos 30 bolsas desse tipo de sangue por dia, para suprir a demanda das unidades de saúde da Capital e do interior.

Locais de doação- O Hemosul fica na Avenida Fernando Correa da Costa, 1304, Centro, Campo Grande, com atendimento de segunda à sexta as 7h às 17h, e sábado: das 7h às 12h. O telefone é (67) 3312-1500. 

As doações podem ser realizadas ainda na Santa Casa, de segunda à sexta, das 7h às 11h, e no Hospital Regional, de segunda à sexta, das 7h às 12h.

Há unidades também em Dourados, Ponta Porã, Três Lagoas e Paranaíba, que funcionam de segunda à sexta-feira, das 7h às 12h.

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