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Cristiano está correndo desde janeiro no "Desafio do Japonês Maluco"

Corredor ressalta que o desafio é para ser saudável e cada um deve respeitar seus limites

Danielle Valentim | 09/09/2019 07:13
Cristiano em um dos percursos. (Foto: Arquivo Pessoal)
Cristiano em um dos percursos. (Foto: Arquivo Pessoal)

Um desafio pessoal lançado em janeiro tomou proporções que nem o idealizador da ideia, Cristiano Kasuo Sasada, 40 anos, imaginava. Formado em Biologia e Educação Física, o cabo da Polícia Militar corre todos os dias e o objetivo é fechar o ano correndo.

A diferença de janeiro para cá, é que agora Cristiano faz seu trajeto de 5 km acompanhado de mais de 30 pessoas. Tem gente espalhada por Mato Grosso do Sul e até no interior de São Paulo. “Tem um amigo meu de Campo Grande que fez o desafio no mês passado e outro amigo que está fazendo no interior do são Paulo”, conta.

Grupo de Ivinhema. (Foto: Arquivo Pessoal)
Grupo de Ivinhema. (Foto: Arquivo Pessoal)

Cristiano ajudou a criar o ACI (Amigos Corredores de Ivinhema), em 2018, e agora o grupo conta com 85 membros. Como já praticava a corrida de rua, decidiu iniciar um desafio pessoal e o que era para ser um mês virou um ano.

“Como eu já praticava a corrida de rua. Eu me desafiei a percorrer 5 km todos os dias durante o mês de janeiro. Aí minha esposa disse que se eu continuasse, ela correria comigo em fevereiro, ai também corremos o mês fevereiro”, conta.

Cristiano e a esposa. (Foto: Arquivo Pessoal)
Cristiano e a esposa. (Foto: Arquivo Pessoal)

No mês de março, um amigo de Cristiano deu o nome à ação de “Desafio do Japonês Maluco” e a frase pegou. “Ele me disse que se eu continuasse correndo e esperasse as férias deles, em junho, ele correria comigo”, lembra.

Cristiano correu sozinho nos meses de março, abril e maio, mas em junho o trajeto foi feito por mais nove pessoas. O número de interessados foi aumentando e em agosto subiu para 14 corredores cumprindo o desafio. “Agora em setembro iniciamos com 32 pessoas”, ressalta o policial.

Desde que o fluxo de participantes aumento, no mês de junho, Cristiano tem feito a entrega de medalhas. “Na primeira fez fiz os adesivos na gráfica e colei na medalhinha, tudo bem artesanal. Em agosto consegui o apoio de alguns comerciantes e a medalha mudou. Foi um modelo mais padrão. Consegui brindes de lojas de Campo Grande e fiz a entrega aos participantes”, conta.

Neste mês de setembro, o custo com medalhas será financiado por Cristiano, mesmo, mas ele espera conseguir pelo menos os brindes para distribuir aos corredores.

O policial esclarece que o mais difícil não é sair do sofá e começar a correr, mas manter o ritmo diariamente. Separar um tempo do dia seja pela manhã ou à noite deve ser uma meta.

À esquerda, Anderson "Gigante" Fabrício Moraes, o amigo que batizou "Desafio Japonês Maluco". (Foto: Arquivo Pessoal)
À esquerda, Anderson "Gigante" Fabrício Moraes, o amigo que batizou "Desafio Japonês Maluco". (Foto: Arquivo Pessoal)
Cristiano diz que é preciso criar hábito e não desistir quando estiver chovendo , por exemplo. (Foyo: Arquivo Pessoal)
Cristiano diz que é preciso criar hábito e não desistir quando estiver chovendo , por exemplo. (Foyo: Arquivo Pessoal)

“No início era um desafio pessoal. Mas é uma satisfação muito grande ver o pessoal acompanhando e se exercitando. Muito deles que antes levavam uma vida sedentária, uma delas minha sobrinha que já está no 3º mês de desafio. Estou muito feliz em tirar o pessoal do sofá”, garante Cristiano.

O corredor ressalta que o desafio é para ser saudável e cada um deve respeitar seus limites. Mas para quem não é de Ivinhema e deseja participar do desafio, basta correr 5 km todos os dias e marcar a hashtag Desafio do Japonês Maluco nas redes sociais.

“Eu não deixei de correr nenhum dia, no dia 1º de janeiro iniciei o desafio em Peruíbe, depois corri em Capão Bonito, Nova Andradina, Naviraí, Bonito, em Campo Grande, durante a corrida do Choque e no sábado em Novo Horizonte do Sul. O importante é encaixar um tempo.

Até o dia 5 de setembro, quando Cristiano falou com o Lado B, ele já tinha corrido por 248 dias e percorrido o trecho de 1.876 km.

“A ideia principal é provar que é possível sair da zona de conforto, do sedentarismo, e praticar alguma atividade física. Cada um deve respeitar seus limites. Se não conseguir nesse mês, tente no outro. O desafio está lançado. Vamos ver se conseguimos recrutar mais "Malucos”, finaliza.

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